Agitos Mutum
Passageiros embarcados nos aeroportos de Mato Grosso pagam os maiores preços das passagens aéreas da região Centro-Oeste. Apesar do incentivo fiscal concedido pelo governo do Estado por meio do programa VOE MT às companhias aéreas com o objetivo de expandir as linhas regionais, nacionais e internacionais, o valor da tarifa aérea real média alcança R$ 951 em Mato Grosso.
Este preço, atualizado em setembro de 2023, é quase o dobro (95,6%) da média verificada em igual mês de 2020, quando se manteve em R$ 486. Superado o período pandêmico da covid-19, os preços das passagens aéreas “decolaram” e estão em ascensão há 3 anos. Além disso, a precificação das passagens aéreas originadas em Mato Grosso se posiciona 38% acima do valor médio registrado em Goiás (R$ 689), que mantém os menores preços regionais, segundo levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Na sequência, em ordem crescente de valores de tarifas aéreas, estão o Distrito Federal (R$ 696) e Mato Grosso do Sul (856).
No mercado regional de aviação, o Distrito Federal é o mais disputado, com 4 companhias aéreas brasileiras atendendo a demanda dos passageiros, ante o total de 3 empresas nacionais presentes em cada um dos outros 3 estados do Centro-Oeste.
Das 3 companhias nacionais que concorrem no mercado da aviação comercial em Mato Grosso, a GOL manteve a maior tarifa aérea real em setembro de 2023, com média de R$ 1.104, ante os valores de R$ 950 e de R$ 893 praticados pela Azul e Latam, respectivamente, informa a Anac. Destas, são beneficiárias do programa de incentivos fiscais VOE MT as companhias Azul e Latam, além da Asta, informa a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Vigente desde abril de 2016 por meio da Lei n.º 10.395, o VOE MT oferece às empresas aéreas benefícios como redução entre 20% a 84% do valor da operação sobre a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente nas operações internas de aquisição de querosene de aviação (QAV) em território mato-grossense.
Também garante isenção de ICMS nas saídas de combustível e lubrificantes para o abastecimento de aeronaves com destino ao exterior para o transporte aéreo internacional.
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“Temos no Brasil deficiência de voos, mesmo hoje quando estamos com capacidade acima da média do período pré-pandemia. A demanda é crescente. Com maior competitividade entre empresas e disponibilidade de voos, talvez as tarifas fossem melhores”.
Hoje o custo operacional de uma companhia aérea chega a 85%”, diz o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens em Mato Grosso (Abav), Omar Canavarros.
