O juiz da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande, Murilo Moura Mesquita, negou o pedido de revogação das prisões preventivas de Wesdra Victor Galvão de Souza e Alan Patrik Schuller, acusados de espancar o policial militar Roberto Rodrigues de Souza até a morte em uma conveniência em julho deste ano. Uma audiência de instrução e julgamento está agendada para esta quinta-feira (2).
Os acusados estão presos desde agosto de 2021, após se entregarem à polícia. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público em uma ação penal, mas pediram as revogações das prisões preventivas e a fixação de medidas cautelares.
Entretanto, ao analisar o requerimento, o magistrado entendeu que permanecem presentes os requisitos que autorizaram a prisão dos réus e considerou o modo de agir dos acusados, como ‘atos de extrema violência’, negando os pedidos de revogação das prisões.
“Persiste a necessidade das custódias cautelares como forma de resguardar a ordem pública, em face da gravidade concreta da conduta atribuída aos réus, revelada pelo modus operandi, em tese, utilizado na ação delituosa. Neste contexto, ao menos por ora, constata-se que os acusados, mesmo após constatarem que a vítima estava caída e sem condições de reação, deram sequência às agressões que a levaram a óbito, chutando a sua cabeça, cessando os golpes tão somente após insistência de Daiane e Fernanda, que lhes acompanhavam, quando o ofendido aparentemente já estava desacordado. Compete destacar, ainda, que até mesmo a interferência das pessoas acima mencionadas não foi suficiente para impedir as agressões contra o ofendido”, disse o magistrado.
O crime
O policial militar Roberto Rodrigues de Souza se desentendeu com os dois acusados nas proximidades do banheiro da conveniência. De acordo com a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, Roberto era soldado da Polícia Militar e estava de folga quando foi morto.
Roberto estava na companhia da namorada quando parou na conveniência para ir ao banheiro. O estabelecimento fica na Rodovia Mário Andreazza.
Estranhando a demora, a namorada de Roberto, que havia ficado no veículo esperando, decidiu procurá-lo. Ela, então, encontrou o namorado caído desacordado e foi informada por um funcionário sobre a briga.
Segundo a polícia, a briga aconteceu após ele ser agredido por se desentender com dois homens. O motivo da briga não foi informado pela Polícia Civil.
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Câmeras de segurança registraram parte da briga. Inicialmente, o policial tentou dar um soco em um dos acusados, mas é derrubado logo em seguida. A partir daí, os dois acusados passaram a agredi-lo com socos, chutes e pontapés na cabeça.
As câmeras de segurança do estabelecimento registraram os dois homens acusados fugindo logo em seguida em dois carros.