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Inquérito revela que servidora indiciada por desvio na prefeitura usou dinheiro para comprar vacas e imóveis

Repórter MT

A servidora pública estadual Dal Isa Sguarezi teria usado sua parte no dinheiro do esquema na Secretaria Municipal de Saúde para adquirir cavalos, vacas, bens móveis e imóveis. É o que revela o relatório final do inquérito policial da Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor). Sguarezi foi indiciada pelos crimes de organização criminosa e peculato.

“Após os recebimentos dos valores oriundos da Prefeitura de Cuiabá, nas contas bancárias de Tania Regina e Cesar Zamirato, foram identificadas uma série de movimentações financeiras, dentre as quais pode-se perceber a destinação da verba para uso próprio, de Dal Isa, em posse do cartão bancário de ambos, mormente no que concerne a compra de bem imóvel e bens móveis, tais como a aquisição de vacas, (…) de cavalos (…) e afins”, diz o documento.

Dal Isa disse aos investigadores que Miriam Naschenveng Pinheiro, prima do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), passou a aliciá-la para que passasse a fazer parte do esquema. As duas teriam se conhecido em uma visita que a servidora fez à Prefeitura Municipal de Cuiabá.

“Miriam teria passado a aliciar Dal Isa, no sentido de que precisava de algumas contas de pessoas para receber valores da Prefeitura, sendo Miriam uma pessoa influente na Prefeitura”, diz o relatório policial.

Conforme o relatório, Cesar Zamirato da Silva e Tania Regina Dias Leite relataram aos investigadores uma abordagem semelhante por parte de Dal Isa. Ela se apresentava como servidora, dizia que estava afastada do trabalho por motivo de doença e que tinha prestado alguns serviços de consultoria e precisava receber o pagamento por esse serviço, mas não poderia ser em sua conta. Por cada depósito realizado, o dono da conta receberia o valor de R$ 5 mil.

O caso

A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) pediu o indiciamento da ex-secretária de Saúde de Cuiabá Ozenira Félix, do ex-procurador do Município, Marcus Brito, e do ex-chefe de gabinete do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Antônio Moreal Neto, pelos crimes de organização criminosa e peculato. Eles são acusados de participarem de um esquema que falsificava decisões judiciais que obrigavam a prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, a pagar por serviços não prestados. Pelo menos R$ 652 mil foram roubados dos cofres públicos.

O delegado José Ricardo Garcia encaminhou o relatório final do inquérito policial para o Núcleo de Competências de Ações Originárias (Naco) investigar eventual participação de Emanuel Pinheiro no caso. De acordo com as investigações, os valores eram desviados para contas bancárias do casal Cesar Zamirato da Silva e Tânia Regina Dias Leite, que foram “alugadas” por R$ 5 mil cada uma. Eles também devem ser indiciados por peculato (desvio de dinheiro).

Na conta de Tânia foram movimentados R$ 397.452,50 e nas de Zamirato, R$ 255.541.44,00, entre 2021 e 2022. “No decorrer da análise, a equipe de investigação averiguou que, após osvalores serem depositados nas respectivas contas, foram realizadas uma série detransações bancárias, dentre elas: transferências via pix, pagamentos de boletosparticulares, transações comerciais, saques, dentre outras”. diz trecho do documento.

Além dos nomes já citados, também foram indiciados por peculato o marido de Ozenira, Paulo Fernando Garutti,e o irmão dela, José Edson Feliz Soares.

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A lista ainda conta com a servidora licenciada da Secretaria Estadual de Saúde Dal Isa Sguarezi e seu marido, Joelson Bendito de Araújo; e o servidor público municipal Gilson Guimarães de Souza, além de Adailton Sá de Souza Costa.

Miriam de Fátima Naschenveng Pinheiro não foi indiciada porque morreu de covid-19 em 2021.

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