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Campos Neto elogia arcabouço fiscal: ‘Elimina dívida explosiva’

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente do BC, Robeto Campos Neto
Agência Senado

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad e o presidente do BC, Robeto Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, elogiou nesta quarta-feira (5) o novo arcabouço fiscal e o esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em mitigar os efeitos de uma trajetória explosiva par a dívida pública.

“É importante reconhecer o grande esforço que o ministro Haddad e o governo têm feito. O que foi anunciado até agora elimina o risco de cauda para aqueles que achavam que a dívida poderia ter uma trajetória mais explosiva”, afirmou Campos Neto durante evento promovido pelo banco Bradesco BBI em São Paulo.

Mais tarde, Haddad respondeu e agradeceu ao presidente do BC. “Nós vamos construir a harmonia necessária para o Brasil crescer”, disse, perguntado por jornalistas ao sair do Ministério da Fazenda.

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Apesar de ressaltar que a proposta foi positiva, Campos Neto avaliou que ainda é necessário observar como o texto será alterado no Congresso Nacional. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, p rometeu entregar o texto na próxima terça-feira (11).

“Nossa avaliação é super positiva, reconhecemos o esforço. Vamos ver aí com vai se passar o processo de aprovação no Congresso, se vai ter alguma modificação”, acrescentou Campos Neto.

“É importante delinear alguns limites. O primeiro é que não existe relação mecânica entre o fiscal e taxa de juros, às vezes na forma como é colocada. O importante pra gente é atuar dentro do sistema de metas, nós temos uma meta de inflação, olhamos as expectativas”, afirmou o presidente do BC.

O presidente do BC fez questão de pontuar que ainda é necessário sanar “uma certa ansiedade ainda em relação à parte das receitas”, devido à necessidade apontada pelo próprio Haddad de que seria necessário um salto na arrecadação federal para sustentar as novas metas.

“Tem uma ansiedade em relação a despesa obrigatória. Acho às vezes até injusto, isso deveria ser cobrado com alguma parcimônia porque, fazendo uma análise mais profunda do passado, é bastante difícil cortar despesa obrigatória, principalmente quando a gente pensa em cortes estruturais. A gente teve alguns cortes conjunturais que depois acabaram retornando”, disse ele.

Ele disse ainda que existe um debate em aberto sobre a possibilidade de mudança nas metas de inflação. Atualmente, o BC trabalha com a meta de 3,25%.

“Do outro lado, você tem os economistas que dizem que mudar a meta em um ambiente em que você não cumpre a meta, você não ganha grau de liberdade, perde. Porque as pessoas vão ajustar a inflação não só para a meta nova, mas vão colocar um prêmio adicional em relação a isso. (…) Se você conseguisse convencer todo mundo de que você vai mudar a meta e nunca mais vai mudar depois, provavelmente teria uma situação em que a expectativa não aumentaria o prêmio. Mas isso não garante que não vão existir custos depois, de reputação”, ressaltou ele.

Campos Neto ressaltou, mais uma vez, que as decisões da autoridade monetária são exclusivamente técnicas e criticou as pessoas que tentam atrelar suposta politização das decisões do BC, que estão na mira de integrantes do governo, que pedem redução da taxa básica de juros.

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“A tentativa de politizar um processo que é totalmente técnico é uma coisa que deixa os funcionários da casa e os diretores de uma forma geral bem preocupados. Quando a gente escuta comentários de que é uma decisão política… Tem milhares de pessoas que passam a noite rodando modelos. Não tem nada na decisão que é política, é sempre técnica”, afirmou.

Fonte: Economia

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