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Servidor do Indea denuncia PMs por racismo e agressão em Cuiabá

Repórter MT

O servidor do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Benedito Joaquim Moraes Alvarez, 48, denunciou que sofreu agressão de policiais militares motivadas por racismo, durante abordagem ao veículo em que estava na madrugada de quarta-feira (11), em Cuiabá.

Ao site, Benedito afirmou que é deficiente auditivo e mora em Cáceres (225 km de Cuiabá). Ele veio até a Capital para uma consulta médica, pois, passou por uma cirurgia há cerca de 50 dias. Por ser servidor do Indea, ele fica hospedado na sede do sindicato dos trabalhadores do órgão, localizado no bairro Morada do Ouro.

Quando chegou em Várzea Grande, o carro do servidor deu problema e, por ser tarde, ele ligou para o seu cunhado, que iria levá-lo até o lugar onde ele se hospedaria para a consulta.

No caminho, eles foram abordados por uma viatura da Polícia Militar. Na ordem, os policiais mandaram Benedito, seu cunhado e seu sobrinho saírem do veículo, mas por conta do problema auditivo do servidor, ele ficou confuso e acabou não obedecendo ao comando.

Neste momento, os policiais tentaram segurar o servidor pelo braço e dar um mata leão, mas ele acabou se soltando e levou uma rasteira dos policiais.

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“Eu cai, bati a cabeça e fiquei uns 10 minutos desacordado”, relatou ao site.

Benedito alega que sofreu caso de racismo, já que era o único negro do veículo.

“Eu nunca passei por um constrangimento tão grande como esse. Dos três, eu fui o único que foi agredido. Eu tenho certeza que foi pela minha cor, já que meu cunhado e meu sobrinho são brancos. Meu cunhado ainda tentou falar do meu problema auditivo, mas eles ignoraram”, contou.

Após isso, o servidor foi colocado dentro da viatura e levado para a Central de Flagrantes. O cunhado deixou o local mediante fiança de R$ 2.100, e Benedito, que estava bastante machucado e abalado mentalmente, foi apenas liberado.

O site tentou contato com a corregedoria da Polícia Militar, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

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