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Drogas “zumbi” podem ter matado ao menos 14 detentos nos últimos cinco meses

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Subiu para 14 o número de mortes de detentos em Minas Gerais que teriam sido causadas por overdose de drogas da família K, conhecidas como “drogas zumbis”. Os casos são investigados pelo Depen-MG (Departamento Penitenciário de Minas Gerais).

A última morte suspeita aconteceu na sexta-feira (19). A vítima é Elias Martins da Silva que estava preso na Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. Silva ficou internado por três dias no Hospital São Judas Tadeu. Ele teria sido vítima do consumo excessivo da K9.

A morte de Silva não é a única investigada na unidade. Outros seis óbitos ocorridos entre dezembro de 2023 e abril deste ano também teriam sido causadas por drogas zumbi. Os casos se tornaram públicos após reportagem da Record Minas, no início do mês.

Já no Presídio Inspetor José Matinho Drumond, também em Ribeirão das Neves, são sete mortes investigadas desde o mês passado.

“Ainda não é possível relacionar as mortes ao uso de substância entorpecente. Todos os procedimentos necessários nos casos de óbitos foram realizados pelas unidades prisionais, que aguardam laudos da perícia técnica”, declarou a Sejusp (Secretaria Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais).

Segundo o professor de toxicologia Pablo Marinho, a droga causa alterações mentais graves no usuário, como psicose, paranoia, delírios e alucinações. A reação dos usuários motiva o apelido “droga zumbi”.

Monitoramento

Segundo a Polícia Civil, a falta de dados ocorre já que “não há campo parametrizado no Reds (antigo boletim de ocorrência) que permita filtrar a quantidade da droga mencionada, sendo possível informar quantidade de drogas em geral apreendidas no estado”.

A instituição ressalta, entretanto, “que atua em investigações relacionadas à identificação de grupos criminosos que operam na distribuição de drogas no Estado, bem como monitora as diversas das práticas adotadas pelos traficantes para implemento das atividades criminosas e das próprias variações dos tipos de drogas comercializadas”.

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As características das drogas da família K, que são sintéticas, estariam dificultando a identificação delas durante a revista nas penitenciárias, conforme explica o presidente do Sindppen-MG (Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais), Luiz Gelada. Ele explica que, por ter forma líquida, a droga costuma ser borrifada em pedaços de papel para burlar a vigilância.

“Os nossos cães farejadores não conseguem identificar, porque não tem cheiro e é incolor. Algumas apreensões foram feitas, mas em relação ao que entra [nos presídios], é inútil”, avalia. “Não chega nem a um terço do que deveria ser apreendido”, problematiza.

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