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‘Desesperador’, diz brasileiro que estuda na universidade de Praga onde atirador matou 14 pessoas

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“É desesperador saber que algo assim pode acontecer a qualquer momento”, afirmou ao R7 o brasileiro Eduardo Porto, de 21 anos, que estuda na Universidade Charles, no centro de Praga, onde um atirador matou 14 pessoas e feriu outras 25 nesta quinta-feira (21). Poucas horas antes, a polícia anunciou 15 mortes, mas depois corrigiu o número.

Porto é natural de Campinas, no interior de São Paulo, mas estuda na USP (Universidade de São Paulo), na capital paulista, e, em setembro deste ano, foi para a República Tcheca como intercambista. Ele estuda na Faculdade de Matemática e Física e, no horário do almoço, passou em frente à Faculdade de Letras, onde aconteceu o ataque.

“Estava voltando para casa e, sem saber, passei em uma estação de bonde a 500 metros do local do tiroteio, cerca de 30 minutos depois de a polícia matar o atirador. Abri meu celular e ali vi o que estava acontecendo. Todo o centro da cidade estava caótico, os bondes estavam todos parados e as ruas estavam congestionadas”, afirmou Porto.

“O mais chocante foi ver a quantidade de carros de polícia e ambulâncias passando. A pior parte de tudo foi a sensação de ver cada uma das vítimas sendo levada para o hospital. Felizmente nenhum dos meus conhecidos estava envolvido”, acrescentou o brasileiro.

Segundo a agência de notícias AFP (Agence France-Presse), o tiroteio desta quinta-feira é o incidente mais violento da história da República Tcheca desde que o país se separou da Eslováquia, em 1993.

O presidente tcheco, Petr Pavel, afirmou estar “chocado” com o ataque e expressou seu “mais profundo pesar” e “sinceras condolências” aos parentes das vítimas do tiroteio.

O prefeito de Praga, Bohuslav Svoboda, por sua vez, prestou condolências às famílias das vítimas do ataque, que ele definiu como “uma tragédia de proporções sem precedentes”.

A Casa Branca também se pronunciou e condenou o tiroteio, que classificou de “sem sentido”, acrescentando que os Estados Unidos estão prontos para oferecer ajuda. Os EUA têm uma das maiores taxas de violência armada do mundo. De acordo com o Gun Violence Archive, incidentes de violência armada deixaram mais de 41 mil pessoas mortas no país em 2023 — o que representa uma média de cerca de 112 mortes por dia.

Para efeito de comparação, em 2019 — o último ano para o qual há dados disponíveis — a República Tcheca registrou 195 mortes por armas de fogo no país, que conta com 10,8 milhões de habitantes. Os dados são da organização internacional de prevenção de ferimentos por armas de fogo Gunpolicy.org.

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As leis sobre armas na República Tcheca são geralmente flexíveis em comparação com as de outras nações europeias, mas o país não tem um histórico notável de violência armada — motivo pelo qual o tiroteio desta quinta-feira causou comoção e chocou o mundo. No país, cidadãos precisam passar por um teste de várias etapas, verificação de antecedentes e autorização de saúde para obter uma arma de fogo.

O suspeito do tiroteio desta quinta-feira, um jovem de 24 anos, agiu sozinho e foi “eliminado”, conforme informou a polícia. O chefe da polícia tcheca, Martin Vondrasek, explicou que, antes do tiroteio, agentes já procuravam o homem, depois que o pai dele foi encontrado morto na cidade de Houston, a oeste de Praga. Ele teria ido a Praga e disse que queria cometer suicídio.

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