O diretor executivo de administração e finanças do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Henrique Prado, alerta: “O preço da carne vai aumentar na época das festas de fim de ano”.
O preço vai subir devido ao aumento da procura nesse período de festividades, mas ainda não há uma estimativa de percentual, já que com duas guerras em curso, na Ucrânia e em Israel, essa alteração pode ser mais intensa no bolso do consumidor, já que o preço da carne é dolarizado.
Tradicionalmente, o fim de ano é marcado por aumento nos preços da carne bovina puxado pelo aquecimento na demanda. Em tese, 2023 poderia ser diferente, já que o alto nível de abates de bovinos deixou carne de sobra no mercado interno, mas analistas ouvidos pela Globo Rural acreditam que a proteína tende a subir no varejo até dezembro, mesmo num cenário de ampla oferta.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) estimou, neste mês, que o Brasil deverá encerrar 2023 com uma produção de 11,16 milhões de toneladas equivalente-carcaça de carne bovina. Se confirmado, o número significará um crescimento de 8% em relação ao ano passado.
O adido do USDA localizado em Brasília estimou que 45,5 milhões de cabeças serão abatidas no país neste ano, alta de 7%.
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Com isso, a arroba do boi gordo já chegou a recuar cerca de 30% no acumulado de 2023, porém, o valor da carne no atacado caiu em torno de 18% e no varejo o repasse da baixa não atingiu 10%.
Agora, como o grosso dos abates já aconteceu, a arroba entrou em uma zona de acomodação e pode ter reajustes nos próximos meses, primeiro fator que limita o espaço para queda nos preços da proteína nas gôndolas.