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Homem é condenado por matar mulher após ela se recusar a mostrar celular em MT

Agitos Mutum

O marido da jovem Gabrielly da Silva Coelho Oliveira, morta após se recusar a mostrar o celular dela durante uma briga do casal,foi condenado a 25 anos de prisão pelo feminicídio. Ernando Oliveira da Silva, de 32 anos, está preso na Penitenciária de Água Boa, a 736 km da capital.

Gabrielly foi assassinada em novembro de 2020, durante uma briga com o Ernando, na casa em que os dois moravam, em Nova Xavantina, a 651 km de Cuiabá. A discussão aconteceu em um churrasco com a família. Ela levou golpes de canivete no peito e não resistiu.

Conforme a investigação da polícia, os dois estavam em casa fazendo um churrasco, quando começaram a brigar. Ernando suspeitava que Gabrielly estivesse o traindo e pediu para verificar o celular dela, o que ela teria permitido, na primeira vez.

No entanto, ainda desconfiado, o marido tentou pegar o celular mais uma vez. Nesse momento, Gabrielly jogou o aparelho no chão, o quebrando.

Em seguida, o marido jogou a vitima no chão e pegou um canivete que estava em seu bolso. Ele a feriu no peito, com três golpes. Gabrielly morreu ainda no local.

De acordo com a decisão do juiz Ricardo Nicolino de Castro, da 1ª Vara de Nova Xavantina, o laudo pericial confirmou que a vítima foi golpeada três vezes no tórax pelo canivete e que isso teria lesionado o pulmão e ocasionado hemorragia interna “situação que, a toda evidência, é capaz de causar grande agonia, dor e sofrimento à ofendida”, diz trecho.

A pena-base foi de 18 anos e seis meses pelo crime de feminicídio. Com os agravantes de motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, foi acrescida à pena mais seis anos e três meses. No total, Ernando foi condenado a 25 anos de prisão.

“As consequências do crime são graves, em vista da perda repentina de uma vida humana, tendo a vítima, à época do crime, deixado três filhos pequenos, entre 2 e 7 anos, que moravam com Gabrielly e crescerão privados da convivência com a própria mãe, enlutando para sempre as vidas e os lares dos seus parentes”, diz a decisão judicial.

Além disso, segundo o magistrado, a ação revela a frieza e crueldade do ato e revela a periculosidade do réu.

“As circunstâncias em que ocorreu o crime demonstram uma maior ousadia do acusado em sua execução, vez que praticou o delito durante a realização de um churrasco com os amigos na casa do então casal, onde havia a presença de outras pessoas, dentre elas os próprios filhos, além de outras crianças”, aponta em outro trecho.

Após cometer o crime, Ernando ligou para a Polícia Militar e disse que tinha assassinado a sua mulher. Equipes do Corpo de Bombeiros e Polícia Civil foram até o local para constatar a morte e fazer o isolamento.

Os policiais encontraram também, na residência, uma espingarda calibre 22, que estava em cima do guarda-roupas.

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Ernando deve cumprir a pena em regime fechado. “Nego ao réu o direito de recorrer em liberdade […] sendo que a gravidade concreta do crime perpetrado pelo sentenciado revela que a sua manutenção em liberdade representa risco iminente à ordem pública”, conclui o magistrado.

O réu era reincidente, pois havia terminado de cumprir pena em 2017 pelo crime de furto.

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