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Hospitais e farmácias sofrem com falta de remédios em Mato Grosso

A indústria farmacêutica brasileira enfrenta dificuldades para produzir medicamentos e as prateleiras de unidades públicas de saúde e farmácias comerciais começam a sofrer com o desabastecimento. Em Mato Grosso, praticamente todos os 141 municípios têm sentido o impacto da crise, causada pela dificuldade de importação de insumos, embalagens e também pelo custo de distribuição. Faltam remédios para tratamentos mais simples, como antialérgicos, analgésicos, e também os mais complexos, como antibióticos e controlados. Até o soro, básico para hospitais, está em falta. É o chamado “vazio sanitário”.

Em abril, a prefeitura de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá) publicou comunicado, alertando sobre o desabastecimento. Medicamentos para tratamentos mais simples, como dipirona e ibuprofeno estavam na lista dos faltosos. O presidente do Conselho das Secretarias de Saúde das Prefeituras de Mato Grosso, Marcos Felipe, confirma o desabastecimento em praticamente todos os municípios do estado. Ele conta que há uma preocupação nacional com o desfalque no setor. E explica que, dentre os motivos para essa situação, estão a alta dos preços, a pandemia da covid-19 e até a guerra da Rússia.

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“O problema é que nós temos a informação que a indústria farmacêutica brasileira tem dificuldades pra importar insumos, geralmente da Índia e China, de onde vem a maior parte dos produtos. Tem a questão do lockdown da China, guerra da Rússia. Realmente tem sido uma complicação para os medicamentos”.

A escassez de remédios também já foi relatada em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Em alguns estados até remédios para diabetes estão em falta.

No caso de Sinop, a Secretaria Municipal de Saúde explica que, além da dificuldade de produção pela empresas fornecedoras, devido à falta da matéria-prima, a inflação também contribuiu para o desabastecimento. A alta nos preços dos produtos acabou prejudicando a aquisição de remédios por meio de licitações já realizadas. Algumas empresas desistiram de fornecer à cidade, pois, com os custos altos no mercado,   as empresas não conseguiram manter o preço da licitação. Dessa forma, comunicaram desistência do certame.

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Medicamentos para tratar dor de cabeça ou febre, comuns nas farmácias, também estão sumindo das prateleiras. “Falta dipirona, vários medicamentos injetáveis também, ocitocina, que é hospitalar, hemoglobina humana”, lista Felipe. Outro produto básico com problema de distribuição é o soro. Com o aumento de casos de dengue no país há pelo menos 60 dias, hospitais e farmácias estão com dificuldade para adquirir o produto. Diante da demanda, as empresas aproveitaram para subir os preços.

“Estive em São Paulo o assunto no mês passado. No caso do soro, temos muito. O que não temos é matéria-prima da embalagem do soro. Porque hoje temos o soro de 100 ml, 500 ml e um litro. O soro tem, mas o fato é que não tem a embalagem”, explica.

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“Não há uma previsão de quando a produção e distribuição voltarão à normalidade. Mas o SUS provou ser capaz na pandemia, o SUS se movimentou e conseguiu se superar”
Marcos Felipe
Felipe ainda aponta que o Araguaia e o Norte de Mato Grosso sofrem mais com o chamado “vazio sanitário”. O acesso aos medicamentos fica ainda mais difícil nessas regiões por conta da distância e das más condições das estradas. “São 180 km de esteada de chão pra chegar lá. Com essa escassez, essas regiões vão sentir primeiro essa falta de medicamentos, esse vazio de sanitário”, disse Felipe, que esteve em São Felix do Araguaia.

Ainda de acordo com ele, não há uma previsão de quando a produção e distribuição voltarão à normalidade. Porém, ele afirma que o Estado e os município

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