Investigações da Operação Chacal, da Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor), mostraram que um motorista de aplicativo, um pedreiro e um pintor estariam recebendo salários como se fossem médicos do Hospital Pronto Socorro de Cuiabá. A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (3).
Conforme as investigações, servidores da Secretaria Municipal de Saúde da Capital se aproveitaram do período da pandemia da covid-19 e começaram a cadastrar “servidores fantasmas” no sistema interno de admissão da secretaria, como se estivessem exercendo as funções de médicos.
Quando o salário e as bonificações do prêmio saúde caíam na conta, eram divididos entre os membros da organização
Conforme o delegado-adjunto da Deccor, Cláudio Alvares, a própria Prefeitura de Cuiabá informou a polícia sobre os possíveis servidores fantasmas.
“Recebemos informações de que existiam alguns nomes inscritos como servidores, mas os contatos não haviam sido localizados. A partir disso, iniciamos as investigações e constatamos que seis pessoas estavam inseridas como médicos, recebendo salários e prêmios-saúde”, disse.
Ainda conforme o delegado, os contratados não tinham formação em medicina. “Um que é motorista de aplicativo, outro que é pintor, um terceiro que é pedreiro e todos recebendo como se fossem médicos”, explicou.
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Durante as diligências desta terça, devem ser cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde e de pessoas acusadas de receberem valores do município como se estivessem atuando como médicos junto ao HPMC Cuiabá.
A princípio, os acusados responderão pelos crimes de peculato, associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema.