O vigilante e delator de uma série de crimes investigados na Operação Simulacrum, cujos alvos são policiais militares acusados de armarem emboscadas para executar pessoas com ficha policial, voltou a ser ouvido na Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta quarta-feira (27), em Cuiabá. Ele disse ter certeza haverá uma segunda fase da operação, pois ainda “tem muita coisa para desenrolar”.
A Operação Simulacrum foi deflagrada no dia 31 de março deste ano pela Polícia Civil para cumprimento de 81 ordens judiciais, das quais 62 eram prisões temporárias contra policiais militares. Eles são acusados de executar sumariamente várias vítimas e simular que falsos confrontos para justificar as mortes com dezenas de tiros.
As investigações envolvem as mortes de 24 pessoas em seis supostos confrontos em Cuiabá e Várzea Grande no período entre 2017 e 2020. As investigações da Polícia Civil apontaram que o objetivo do grupo era obter promoções da corporação e dar destaque ao batalhão a qual pertencem.
Os investigados são lotados no batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Força Tática. O delator foi ouvido a “convite” do delegado Fausto Freitas, titular da PDHPP.
À medida que os trabalhos investigativos avançam surge a necessidade de confrontar algumas informações, esclarecer outras e averiguar se ele tinha conhecimento. Questionado por uma equipe do programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, se acredita que o avanço das investigações vão resultar em novas fases da operação, o delator disse ter plena certeza que isso vai ocorrer. “Com certeza, ainda tem muita coisa para desenrolar, ainda tem muita gente escondida no mato”, afirmou.
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Atualmente, os militares investigados respondem em liberdade, pois as prisões decretadas pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, foram revogadas pelo desembargador Sebastião Barbosa Farias no dia 2 de abril, um plantão de sábado.
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