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Estudante de MT cria produto que detecta agrotóxico na água

Gazeta Digital

A contaminação da água pelo uso de agrotóxicos é uma preocupação em diversos lugares, incluindo Mato Grosso, que tem destaque no agronegócio mundial. Uma das formas de evitar que isso se torne um problema de saúde pública é fazer o monitoramento da qualidade da água, entretanto, para tanto, é necessário realizar o preparo adequado das amostras, pois outros elementos agregados podem prejudicar os resultados.

Sabendo que a sílica – mineral dióxido presente na areia e comumente utilizada na técnica de extração em fase sólida (SPE) – possui algumas desvantagens, o estudante do curso de Química da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), José Matheus Cardoso Santa Brígida, sob orientação da docente, Carla Grazieli Azevedo da Silva, desenvolveu um material sorvente a base de sílica titanizada e PMODS [poli(metiloctadecilsiloxano)], para a análise de amostras de águas contaminadas com os agrotóxicos mais aplicados nas culturas de soja, milho e algodão no estado de MT.

O estudante conta que a sílica é uma opção economicamente viável para preparar as amostras, mas tem seu uso limitado a uma faixa específica de acidez e temperatura, fora da qual já não apresenta os mesmos resultados. “Nosso trabalho buscou modificar a superfície da sílica cromatográfica, por meio da metalização de sua estrutura com titânio, e da sorção de um polímero, o PMODS, para que eles pudessem atender as características desejadas para utilização na extração por SPE de agrotóxicos de matrizes aquosas, como água de rio, efluentes domésticos ou industriais”.

A docente orientadora explica que na técnica de SPE é possível a remoção do que não é desejado na amostra, e é possível promover a concentração dos analitos de interesse, neste caso os próprios agrotóxicos. “Essa técnica, a SPE, utiliza materiais sorventes, que são sólidos capazes de sorver, ou ‘absorver’, alguma substância, separando apenas aquelas de interesse do restante da amostra a ser analisada”, complementa.

Os estudos demonstraram a alteração na parte química do material produzido, apresentando bom custo-benefício em seu desenvolvimento. “É possível com o material sorvente que produzimos realizar análises de matrizes aquosas contaminadas em faixas de pH diferentes, o que a sílica não modificada não apresenta”, diz a docente.

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Esse trabalho de pesquisa é um dos premiados no Prêmio Severino Meirelles da UFMT, uma honraria conferida aos melhores trabalhos de iniciação científica e tecnológica. A cerimônia de premiação ocorreu virtualmente nos dias 21 a 23 de fevereiro de 2022, com apresentações ao vivo dos vencedores.

A pesquisa foi realizada de agosto de 2019 até 2021, no Departamento de Química da UFMT, Campus de Cuiabá. Teve a parceria do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).

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