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Mãe encontra bebê de 9 meses desacordado em piscina na Capital

Repórter MT

O bebê Jhuan Gabriel Soares da Costa, 9 meses, foi salvo por servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte, no bairro Morada do Ouro, após cair em uma piscina e se afogar. 

A criança foi socorrida pela mãe, Rafaela Pinho Soares, e por um tio, e levada à unidade onde passou dois dias em observação e foi liberada, sem nenhuma sequela. 

“Passei um susto com ele. Foi em questão de segundos. Coloquei ele no chão, quando olhei para trás ele não estava mais atrás de mim, fui direto na piscina e encontrei ele afogado, já sem movimentos, todo roxo e sem nenhum sinal. Pulei na piscina, peguei ele e pedi socorro. Nisso chegou o primo do meu esposo e deu o primeiro socorro e fomos para o postinho”, relata a mãe. 

Ao chegarem na unidade básica de saúde, foram informados que o atendimento adequado seria dado em uma unidade de pronto atendimento. 

“A gente foi encaminhado para a UPA Morada do Ouro. Chegando aqui, ele foi direto para o box de emergência. Os funcionários foram todos prestativos, deram atenção para ele. Foi medicado, fizeram os primeiros socorros nele. Ele vomitou, chorou”, contou.

Elisa Furini, médica do box de emergência da UPA Norte, conta que ao chegar na unidade, Jhuan Gabriel estava desfalecido.

“Ele chegou no box de emergência flácido, hipoativo, irresponsivo. Conforme a gente estimulava, tinha um gemido muito fraquinho. Nós aspiramos as vias aéreas, fizemos algumas manobras e, conforme o estímulo, ele foi gemendo um pouquinho mais forte. Não foi necessário fazer reanimação porque ele tinha pulso, respiração um pouco lenta, mas tinha. Fizemos a oferta de oxigênio e hidratação. Ele estava bem frio e, conforme foi se aquecendo, foi melhorando. Em seguida, o atendimento foi realizado pela doutora Carina Coutinho, que é pediatra”, relata a profissional.

Segundo ela, Jhuan Gabriel ainda passou por exames de raio-x e tomografia de crânio e tórax para verificar se havia sofrido algo mais grave, o que não se confirmou. No dia seguinte à internação, após reavaliação do pediatra Thiago Braga, a criança recebeu alta médica. 

Alerta aos pais e responsáveis

 Além de destacar a emoção que foi ajudar a salvar a vida do pequeno Jhuan, a doutora Elisa também faz um alerta para os pais de crianças pequenas quanto aos perigos de afogamento, que aumentam neste período de verão, em que muitas famílias buscam diversão em piscinas e rios. 

“Requer dos adultos uma atenção redobrada. Quando for a algum passeio, não pode deixar vários adultos cuidando, tem que ser uma pessoa responsável porque se tem vários, um acha que o outro está olhando”. Ela também indica que os pais ensinem a criança a nadar desde cedo ou mesmo coloquem em aulas de natação, caso tenham condições. 

Em caso de o acidente acontecer e a criança se afogar, a profissional afirma que o primeiro atendimento feito pelos próprios familiares, com uma respiração boca-a-boca, por exemplo, pode ser preponderante para evitar algo pior.  Além disso, segundo Elisa Furini, é preciso buscar ajuda profissional no local correto.

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“A mãe do Jhuan primeiro foi no postinho. Não é indicado. O ideal é ir direto para o pronto atendimento, seja HMC ou UPA ou mesmo chamar o SAMU porque, por telefone, o médico do SAMU orienta. Isso é muito importante! E também saber a unidade a qual recorrer porque a unidade básica não tem os recursos necessários. Na UPA, tem os equipamentos, a equipe já tem preparação em urgência e emergência”, explica. 

De acordo com a médica, caso o socorro não seja prestado com agilidade e da forma correta, mesmo que sobreviva, a vítima pode ficar com sequelas, devido à falta de oxigenação do cérebro. “O tempo que sofre acaba comprometendo o sistema nervoso central, fica com algum tipo de limitação. Isso depende do tempo que a criança apresentou resposta, do tipo de reanimação. O organismo está sofrendo falta de oxigênio e o órgão que mais vai sofrer é o cérebro”, afirma.

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