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Mauro critica paralisação dos policiais penais: “querem ganhar mais que PM”

Folha Max

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou na manhã desta quinta-feira (16) que os policiais penais querem ganhar mais que os policiais militares. A categoria anunciou a paralisação das atividades na tarde de ontem.

Segundo o Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso, (Sindspen-MT), a greve foi decretada após os servidores rejeitaram proposta de aumento de 15,27% apresentada pelo executivo. Entretanto, Mendes nega que tenha apresentado proposta de reajuste neste percentual e destaca que o valor exigido pela categoria é inviável, pois ultrapassaria a média salarial de outros agentes da Segurança Pública, como os da Polícia Militar.

“Não tem essa história de 15%. Existe uma conversa ali dentro, algumas análises e alguns números, mas o Governo não botou 15% de proposta na mesa não. É muito ruim isso, porque primeiro os agentes penais falam que ganham 3 mil e poucos reais no começo de carreira. Depois, a média salarial deles está na faixa de R$ 7 ou R$ 8 mil, alguns chegam a ganhar quase R$ 11 mil. Mas, eles querem um aumento de 90%, eles iriam ganhar muito mais que os policiais militares”, disse o governador em entrevista à Rádio Conti.

“O cara acabou de virar policial penal, por que ele vai ganhar muito mais que um policial militar que está na rua, que está se expondo com grande dificuldade? Não tem muita lógica e não é na base da pressão que vamos ceder alguma coisa”, acrescentou.

Além disso, Mendes reforçou que não deve ceder à paralisação, que deverá ser contestada pelo Executivo no Poder Judiciário. Isso porque, o Governo entende que os profissionais são da categoria da Segurança Pública e, pela Constituição Federal, são proibidos de fazer greve. Disse que está aberto ao diálogo, mas pede bom senso aos servidores.

“A gente tem que ter responsabilidade, porque se eu ceder para o policial penal, daqui a pouco vem a Polícia Militar e faz greve também, vem a Polícia Civil e faz greve, o Detran faz greve, professores fazem greve. Se fizerem greve e ceder, pronto, acabou o Estado. Esse dinheiro não é do governador não, é dinheiro do cidadão. Então, estou cuidando bem desse dinheiro. Nós temos diversos servidores e tem que ter uma lógica. Quando ele fez o concurso, sabia qual era o salário. Eu lamento profundamente, respeito a categoria assim como todos servidores, mas não é na base da pressão que nós vamos dialogar”, esclareceu.

Por fim, o democrata lembrou que os próprios servidores exigiram serem reconhecidos como policiais penais – antes eram agentes prisionais – e voltou a reforçar que a categoria não pode entrar em greve por estar vinculada à Segurança Pública. “Eles são policiais penais agora, eles queriam tanto ser policiais penais, e está na Constituição que policial não pode fazer greve. Então, tem que conhecer lei e respeitar. Obviamente nós vamos aplicar aquilo que diz a legislação”, concluiu o governador.

A GREVE

Em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (15), os policiais penais anunciaram que irão paralisar as atividades. A categoria não aceitou o valor repassado pelo Governo que sugeriu um aumento salarial de 15,27%, além de auxílio alimentação de R$ 450. Ao todo, em Mato Grosso são três mil policiais penais.

A greve dos policiais penais foi anunciada no último dia 8 e tinha previsão de começar no domingo. Todavia, o Governo abriu negociação e a proposta foi apresentada nesta terça-feira, em reunião na Casa Civil. 

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Contudo, a proposta foi rejeitada pela maioria da categoria. Na assembleia geral, apenas quatro servidores votaram por acatar a proposta do Governo do Estado. 

Como já havia anunciado a greve na última semana, a paralisação teve início nesta quinta-feira. Apenas serviços essenciais funcionarão nas penitenciarias e cadeias públicas do Estado.

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