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Acusada diz que aproveitou buraco feito por cão para enterrar filho de 5 meses

Ramira Gomes da Silva foi presa quando tentava fugir de Rondônia para o Amazonas. Ela alega que criança teve morte natural.

Repórter MT

Ela contou que aproveitou um buraco feito por um cachorro debaixo do tanque no quintal de casa para enterrar o próprio filho.

O recém-nascido foi encontrado e desenterrado por uma cadela Pitbull, que pertence à vizinha de Ramira, na manhã dessa segunda-feira (17), na Rua Itajaí, bairro Benjamin Raiser, em Sorriso (420 km da Capital).

Dr. Yuri Medeiros explicou a importância de ouvir a acusada logo no primeiro instante da prisão, quando o depoimento seria feito no calor da emoção e que essas primeiras informações seriam de extrema importância no decorrer das investigações tanto para desacreditar ou creditar a versão dada por ela.

De acordo com o delegado, a mulher alegou que “foi dormir na noite anterior à morte de Brian. Por volta das 2h acordou, amamentou e trocou a roupa do filho e voltou a dormir. Às 5h acordou novamente e quando olhou o recém-nascido no berço, ao lado da cama dela, teria encontrado o filho roxo e sem vida. Nesse momento, levada pela emoção e sem raciocinar direito, enterrou o filho no quintal, no local onde o cachorro já havia feito um buraco para se abrigar, em baixo de uma instalação (tanque), e ela aproveitou o mesmo buraco para enterrar Brian”.

Yuri questionou o fato de a criança ter sido desenterrada com o corpo todo mutilado, faltando braços e pernas. Ramira não teria conseguido explicar como teria acontecido isso e afirmou que enterrou o corpo do filho inteiro.

O delegado ressaltou que em casos de morte natural, como já houve casos, ainda mais se tratando de uma mãe, o impulso é de chamar o resgate, acionar a polícia ou correr com a criança nos braços até ao hospital esperando que o bebê seja salvo.

O que não aconteceu nesse caso, quando a mãe decidiu enterrar o próprio filho no quintal de casa, reação que desacredita todo o depoimento de Ramira sobre morte natural e o fato dela desconhecer a mutilação no corpo da criança.

Durante o depoimento na delegacia de Porto Velho, segundo o delegado, Ramira falava friamente sobre o assunto. Porém, após ser mostrado fotos da criança e tudo que já havia sido apurado pela polícia em Sorriso, a mulher começou a chorar. Yuri disse que não sabe definir se ela ficou emocionada ao lembrar do filho ou por medo da prisão.

A prisão

Ramira foi presa na manhã desta terça-feira (18) na cidade de Porto Velho, em Rondônia, no momento em que se preparava para fugir de balsa para o Amazonas.

De acordo com as investigações da delegacia de Sorriso (420 km da Capital), a acusada teria deixado o município na sexta-feira (14), a caminho de Cuiabá, onde seguiu viagem para Rondônia. Há desconfiança de que o intuito era se refugiar na Boilívia.

Os investigadores estavam monitorando as redes sociais da procurada e constataram que ela estava colocando alguns ‘pertences’ à venda na internet em Porto Velho, constatando que a ‘procurada’ estava na cidade e possibilitando a detenção dela nesta manhã.

Uma equipe da Delegacia de Sorriso seguirá para Porto Velho para buscar a mulher para ser ouvida e responder todas as perguntas ainda sem respostas sobre o caso.

Entenda o caso
O corpo esquartejado de um bebê identificado como Brian, aproximadamente 5 meses, foi desenterrado do quintal de uma casa, no início da tarde desta segunda-feira (17), por uma cadela Pitbull na Rua Itajaí, bairro Benjamin Raiser, em Sorriso (420 km da Capital).

De acordo com a vizinha da residência, ela encontrou o corpo após a cadela desenterrar e arrastar o cadáver no quintal.

A testemunha relatou que na casa morava a mãe da criança, R.G., e uma ‘amiga’, que dividiam os custos da residência.

Explicou que Ramira tinha um bebezinho e que o recém-nascido desenterrado pelo Pitbull provavelmente seria o filho da vizinha ‘desaparecida’.

De acordo com as primeiras informações, R.G. estaria em viagem e o recém-nascido ficado aos cuidados de uma babá. No entanto, vizinhos teriam relatado à polícia que R.G. foi vista na casa ainda no domingo.

Os peritos analisaram as condições em que o corpo foi encontrado, sendo os braços arrancados a partir do cotovelo, pernas cortadas na altura do joelho e uma lesão na cabeça, além de estar em avançado estado de decomposição. Ainda periciaram a casa e o quintal para coletar evidências que determinem as circunstâncias do fato.

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Em seguida, o cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de necropsia, que vai determinar a causa clínica da morte.

“Infelizmente uma cena deplorável. Tem um bebê enterrado embaixo do tanque, amputado, está bem inchado e é algo que choca a gente que está acostumado a ver de tudo. É muita maldade, quantas pessoas querem ter um filho e não conseguem. Por que uma pessoa dessa não doa, prefere matar e enterrar. O crime não vai ficar impune, a mãe já foi identificada, agora vai ter investigação para saber o envolvimento dela e da amiga. A mãe foi viajar, mas já disseram que ela esteve aqui ontem. A polícia está em cima e vai descobrir”, falou o investigador Roberto Pinto à imprensa local.

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