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Dr. Jairinho praticou sessão de tortura contra Henry semanas antes da morte

Repórter MT

Monique Medeiros e o padrasto da criança, o vereador Dr. Jairinho, foram presos nesta terça-feira. Eles teriam tentado atrapalhar a investigação e são suspeitos de ameaçar testemunhas.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que o vereador Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o menino Henry Borel, seu enteado, semanas antes da morte da criança. Ainda segundo as investigações, a mãe de Henry, Monique Medeiros, sabia de agressões. Jairinho teria se trancado no quarto do apartamento do casal para bater no menino.

O casal foi preso na manhã desta quinta-feira (8) na casa de parentes de Monique em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Segundo os investigadores, a prisão ocorreu porque a mãe de Henry e Jairinho atrapalharam as investigações da morte da criança e ameaçaram testemunhas. Embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, a polícia acredita que Henry foi assassinado. Falta esclarecer como o crime foi cometido.

Chutes e golpes na cabeça
Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) suspeitam que o vereador agrediu o menino com chutes e golpes na cabeça e que a mãe sabia.

Em 12 de fevereiro, Monique descobriu que Jairinho estava trancado no quarto do apartamento com Henry. Segundo a polícia, a mãe estranhou que ele tenha chegado cedo em casa.

Ainda segundo as investigações, no dia seguinte ao enterro do filho, Monique passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca (leia mais sobre as suspeitas de comportamento abaixo).

Comportamento suspeito
A polícia ouviu pelo menos 18 testemunhas e reuniu provas técnicas que descartam a hipótese de acidente — levantada pela mãe da criança em seu termo de declaração na delegacia.

Os policiais descobriram ainda que, após o início das investigações, o casal apagou conversas de seus telefones celulares. Suspeitam, inclusive, que eles tenham trocado de aparelho.

A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar o conteúdo.

Em relação a Monique, mãe de Henry, que namorava o vereador desde 2020, os policiais levantaram informações sobre o comportamento dela após a morte do filho que chamaram a atenção.

Primeiro, que ela chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, todo branco, para ir à delegacia.

Depois, que ela foi a um salão de cabeleireiro após o enterro do filho. No local, três profissionais cuidaram dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.

Múltiplos hematomas
Na madrugada do dia 8 de março, o menino Henry chegou sem vida a um hospital da Zona Oeste do Rio com hemorragia e edemas.

O laudo apontou que a causa da morte de Henry foi “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.

A primeira prova importante que chegou às mãos dos investigadores foi um laudo assinado pelo médico legista Leonardo Huber Tauil, feito após duas autópsias realizadas no cadáver da criança, nos dias 8 e 9 de março.

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No documento, o perito do Instituto Médico Legal (IML) descreve que a criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou “grande quantidade de sangue no abdômen”, “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.

A polícia ainda descobriu que Jairinho tentou que o corpo de seu enteado não fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal.

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