Foto: JOÃO RIBEIRO / Gabinete do deputado Carlos Avallone
Uma equipe formada por cinco professores e quatro alunos, todos voluntários, está produzindo no laboratório da faculdade de Arquitetura da UFMT, máscaras protetoras conhecidas como ‘Face Shields’, utilizadas pelos médicos e enfermeiros que tem contato direto com pacientes infectados pelo coronavírus. Utilizando impressoras 3D e cortadoras a laser, a equipe já produziu mais de 1.700 máscaras encaminhadas ao Conselho Regional de Medicina e à Secretaria de Estado de Saúde, para distribuição segundo a demanda dos hospitais públicos.
O arquiteto e professor Maurício Guimarães de Oliveira, idealizador e coordenador do projeto, disse que a motivação da equipe foi a constatação da falta destes equipamentos de proteção em Mato Grosso e em todo o país, já que existe uma demanda mundial pelos produtos. “Nós temos conhecimento técnico e os equipamentos básicos para a produção das máscaras e decidimos contribuir, já que esta é uma das funções das universidades públicas que se torna ainda mais relevante neste momento de enfrentamento da pandemia”.
No início de abril, o laboratório começou a desenvolver, com o apoio de profissionais do Hospital Universitário Júlio Müller, um projeto para produzir ventiladores pulmonares a baixo custo, fundamentais para pacientes em estado grave infectados pelo coronavírus. Vários protótipos estão sendo testados, com orientação de profissionais da saúde, seguindo as normas técnicas internacionais. A expectativa é iniciar a produção dos ventiladores pulmonares em 30 dias, para distribuição aos hospitais públicos.
O deputado Carlos Avallone (PSDB) destacou a importância do trabalho da equipe da Arquitetura da UFMT, que com certeza vai ajudar a salvar muitas vidas. “Infelizmente em maio devemos ter o pico do crescimento da doença em todo o país e Mato Grosso está se preparando com apoio da Assembleia Legislativa, do governo do Estado, das entidades do setor produtivo e das universidades e institutos federais”, afirmou.
Presidente do Observatório Socioeconômico da ALMT, que faz a interlocução entre os segmentos da sociedade organizada na busca de soluções para os impactos do coronavírus, Avallone disse que a união de esforços fará a diferença no enfrentamento da doença. Ele lembrou que a Assembleia destinou R$ 10 milhões para a conclusão em tempo recorde do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, que terá trinta leitos de UTI em maio. Além disso, o parlamento aprovou leis e decretos que favorecem o atendimento das necessidades dos trabalhadores e das empresas neste período de emergência social.
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Avallone enfatizou que o governo também faz a sua parte gerenciando toda a estrutura pública de saúde e normatizando instrumentos de proteção ao cidadão. Já o setor privado está contribuindo na compra via importação de equipamentos de proteção para os profissionais de saúde, testes rápidos do coronavírus e financiando novos leitos de UTI para hospitais do interior.
A equipe do laboratório de Arquitetura da UFMT é formada pelos professores Maurício Guimarães de Oliveira, coordenador do projeto, pelos professores Alexandre Saul Palma (Depto de Arquitetura), Luciana Pelaes Mascaro (Depto de Arquitetura), Marcelo Amorim Marchiori (Instituto de Física) e profa. Marina Garcia Lara (Colégio Notre Dame de Lourdes). Participam também de todo o processo produtivo as alunas Amanda Moraes Prado e Karine Hellen Silva Pimenta, o aluno Gustavo de Oliveira Neri e ao ex-aluno Andrés Bazán.
