Apesar da abertura programada de novos leitos no Estado, a capacidade da rede será de apenas cerca de 300 leitos.
Os leitos de UTI estão distribuídos em apenas 9 dos 141 municípios de MT
Um estudo de dados, e projeções de ocupações de leitos na saúde, feito por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Cuiabá, e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), apontou que no início de agosto, cerca de 650 pacientes de covid-19 irão precisar de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) , em Mato Grosso. O relatório prevê, que até o final de julho, o número de pacientes para UTIs será o dobro do número de leitos existentes no Estado.
Trata-se da previsão de um colapso no sistema público de saúde, com a impossibilidade de atender os casos graves do novo coronavírus. A distribuição desigual no número de leitos de UTI também é responsável por essa situação. Embora todas as macrorregiões possuam leitos de UTI exclusivos para casos de covid-19, estes estão distribuídos em apenas nove dos 141 municípios do Estado.
Segundo o estudo técnico desenvolvido, a Baixada Cuiabana, classificada com região Centro-Norte, terá uma demanda por mais de 250 leitos, em dois de agosto.
A pesquisa divide Mato Grosso em seis macro-regiões, sendo elas Centro Noroeste, Centro-Norte, Norte, Sul, Leste e Oeste. Até o dia 30 de junho, o Centro-Noroeste conta com 6 leitos, o Centro-Norte com 172, o Norte com 23 leitos, o Sul com 22 leitos, Leste são 8 e Oeste 5 leitos, os quais estão todos ocupados.
Receba as informações do ATUALMT através do WhatsApp:
Clique aqui para receber as notícias no seu WhatsApp.
Desde então, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) trabalha para até o final deste mês implantar mais 150 leitos em Mato Grosso. A Prefeitura de Cuiabá já instalou mais 20 vagas na cidade. Entretanto, de acordo com as projeções, mesmo que as promessas sejam cumpridas, ainda não será suficiente para a demanda.
Veja tabela:
Demandas para UTIs serão altas.
A nota técnica aponta que a flexibilização das medidas de distanciamento social contribui para a disseminação da doença, mantendo o número crescente de casos novos e óbitos. Diante disso, as consequências serão ainda mais devastadoras se os serviços de saúde não atenderem ao progressivo aumento da demanda caracterizada pelo crescimento do número de casos do novo coronavírus.
O estudo se baseou em dados publicados pela SES, em geral de forma agregada, o que se caracteriza como limitação para cálculos mais precisos.
RepórterMT