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Com mais 100 anos de condenação, “Pistoleiro” recebe nova pena por homicídio e furto

O Tribunal do Júri de Várzea Grande condenou, nesta quinta-feira (21), Mário da Silva Neto, conhecido como “Pistoleiro”, a 16 anos e três meses de reclusão pelo assassinato de Pedro Serafim, ocorrido em Nobres (120 km de Cuiabá), em novembro de 2013. Além deste assassinato, ele é acusado outros dez homicídios, trabalhando como matador de aluguel.

A sentença foi aplicada após o reconhecimento da autoria e materialidade dos crimes de homicídio qualificado e furto. A decisão dos jurados foi unânime na condenação.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o crime aconteceu na estrada entre os distritos de Coqueiral e Bom Jardim, motivado por desavenças na venda de um caminhão. Após o homicídio com arma de fogo, Mário fugiu levando a moto da vítima.

A investigação apontou que o assassinato foi cometido por motivo torpe, relacionado ao desacordo comercial entre o acusado e a vítima, que já havia realizado um pagamento inicial pelo caminhão e aguardava a liberação dos documentos para quitar o restante do valor.

A juíza Edna Ederli Coutinho, presidente do Tribunal do Júri em substituição legal, destacou os antecedentes criminais do réu, que já possui seis condenações por homicídios. Esses fatores foram considerados na dosimetria da pena. A pena foi fixada em 15 anos de reclusão pelo homicídio e 1 ano e 3 meses pelo furto, totalizando 16 anos e 3 meses de reclusão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado.

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MAIS DE CEM ANOS DE CONDENAÇÃO

Mário da Silva Neto foi capturado em janeiro de 2023, em Itamogi (MG), após fugir do Centro de Ressocialização de Cuiabá em novembro de 2021. Ele escapou durante uma atividade de equoterapia, abandonando a tornozeleira eletrônica próximo a um supermercado na capital. Condenado a mais de 100 anos de prisão por assassinatos cometidos em Mato Grosso, ele estava foragido desde então.

Entre seus crimes, Silva Neto foi condenado, em 2022, a 17 anos e 6 meses de reclusão pelo assassinato de Kaio Henrique Costa, em Nobres, no ano de 2016. Ele também responde a processos por outros dois homicídios cometidos em Rondonópolis (220 km de Cuiabá) e, em 2016, já havia sido capturado em Cuiabá para cumprir mandados relacionados a esses casos. Em 2022, chegou a ser abordado pela Polícia Militar de São Paulo, mas conseguiu escapar, deixando para trás uma CNH falsificada em nome de Antônio Vieira da Silva.

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