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Justiça condenada a 15 anos de prisão faccionados que roubaram avião

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, condenou dois integrantes de uma quadrilha da modalidade “novo cangaço” especializada em tráfico de drogas, homicídios e roubos de veículos e aeronaves a 15 anos de reclusão. A sentença, proferida nesta quinta-feira (31), se refere a crimes cometidos entre 2014 e 2015 em Mato Grosso e outras regiões do país. O líder da quadrilha, Djalma de Paula da Silva, conhecido como “Chacal”, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em 2015.

Moisés Lopes Mendes foi condenado a 11 anos e seis meses de prisão em regime fechado por sua participação ativa na organização. Ele teria contribuído diretamente no roubo do avião Cessna Aircraft/210, matriculado PT-KEU, em Cotriguaçu (943 km de Cuiabá). De acordo com as investigações, Moisés participou de preparativos que incluíram o transporte de combustível e reuniões com outros integrantes. Interceptações telefônicas e movimentações suspeitas dias antes do crime comprovaram sua ligação estreita com Djalma e outros membros da quadrilha.

“Narra a denúncia que o réu integra pessoalmente a organização criminosa liderada por Djalma de Paula da Silva, voltada à consecução de vários delitos, a exemplo de tráfico de drogas, roubos de veículos, maquinários e aeronaves, receptação, adulteração de sinais identificadores, homicídios e tentativas de homicídio”, explicou o juiz.

Thiago Willian Silva Freitas foi condenado a quatro anos e nove meses de prisão em regime semiaberto. Segundo a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), ele facilitava operações ilícitas e intermediava a utilização de pistas de avião no Pará para o transporte de drogas e outros interesses da organização. Conversas interceptadas revelaram seu vínculo constante com Djalma, Moisés e outros envolvidos, reforçando sua participação na estrutura criminosa.

A QUADRILHA

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As investigações sobre a quadrilha, iniciadas em 2014, revelaram que o grupo não atuava apenas no tráfico de drogas, mas também na adulteração e receptação de veículos roubados, além de crimes contra a vida. O bando tinha uma estrutura hierárquica bem definida, com membros responsáveis pela execução de crimes, planejamento das ações e apoio logístico.

Interceptações telefônicas em junho de 2015 revelaram que membros do grupo, como Moisés Lopes Mendes e Altoir Santine, o “Gaúcho”, articulavam a chegada de 500 quilos de maconha para distribuição. O esquema envolvia o transporte de drogas da fronteira com Mato Grosso do Sul até outras regiões, como Belém, no Pará, com apoio logístico de Thiago Willian Silva Freitas.

Além do tráfico de drogas, a quadrilha foi implicada em homicídios, incluindo o assassinato de José Voltair dos Santos e a tentativa de homicídio contra Gesival Aparecido Grama Fonseca, ocorridos em Alta Floresta (800 km de Cuiabá).

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