A Operação Rota do Sertão deflagrada na manhã desta quinta-feira (31), cumpre ordens judiciais contra um grupo responsável por transporte de droga e madeira ilegal para o Nordeste brasileiro. Ao todo são dois mandados de prisão, 6 de busca e apreensão e o sequestro de 22 carretas e 4 veículos de passeio avaliados em 10 milhões de reais.
As ordens estão sendo cumpridas em Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Tapurah. Segundo informações da Polícia Civil, o grupo utilizava o município de Sinop, como base estratégica. A investigação apurou que as empresas têm uma frota de 22 caminhões e as sedes localizadas na residência de suspeitos ou em terrenos baldios.
A equipe da FICCO-MT fez a apreensão de uma carga de 800 quilos de cloridrato de cocaína, na cidade de Picos (PI), quando a droga estava sendo transportada, em caminhão, para o porto de Pecém, no Estado do Ceará.
O entorpecente foi obtido na fronteira do Brasil com a Bolívia e transportada até um entreposto em Sinop. Depois foi transferida para outra carreta, com cargas lícitas de milho, que seguiu até o Nordeste. A prática era usada para evitar que um caminhão suspeito, recém-chegado da fronteira, fosse interceptado em deslocamento para outras regiões do país.
Crime ambiental e clonagem
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As investigações também apuraram que o grupo se envolveu no transporte de madeira ilegal para o Sudeste. Em uma das abordagens realizadas em Goiânia (GO), foi apreendida uma carga de madeira transportada sem documentação ambiental regular, configurando crime ambiental.
O grupo investigado tinha como estratégia realizar o transporte dos produtos ilícitos em caminhões clonados, a fim de minimizar prejuízos em caso de eventual apreensão das cargas. Em 28 de junho deste ano foi localizado, em uma oficina de Sorriso, um veículo com restrição de roubo, que estava sendo desmontado. As peças iriam para um outro caminhão pertencente ao grupo investigado. Na ocasião, as equipes da FICCO-MT apreenderam o veículo e prendeu em flagrante o responsável pela oficina.
Lavagem de capitais
Para esconder o fluxo de dinheiro e os bens adquiridos, o grupo criminoso criava empresas de fachada registradas em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”.
As investigações da Operação Rota do Sertão contaram com apoio da Delegacia da Polícia Federal de Sinop, das Delegacias da Polícia Civil de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Tapurah; Polícia Militar de Sinop e de Nobres e Polícia Rodoviária Federal de Sorriso.