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Assembleia instala comissão que vai discutir o retorno das aulas em MT

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Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

Analisar a possibilidade de retomada das aulas nas escolas estaduais de Mato Grosso é a proposta de uma Comissão Especial instalada nesta segunda-feira (11), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no plenário das deliberações deputado Renê Barbour. O deputado estadual Valdir Barranco (PT), que preside a comissão especial, instalou a comissão que terá um cronograma de reuniões extraordinárias no Parlamento a partir de agora. A comissão foi instalada pelo Ato 13/2020 e fará reuniões semanais, sempre às segundas-feiras.

Barranco anunciou que fazem parte do grupo de trabalho os deputados da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto e da Comissão de Saúde, entre eles, os deputados Thiago Silva, e como membros titulares, os deputados Dr. João José, Sebastião Resende e Wilson Santos, e como suplentes, os deputados Dr. Eugênio, Lúdio Cabral, Ondanir Bortolini, o Nininho, Paulo Araújo e Romoaldo Júnior.

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Também fazem parte das discussões da comissão representantes do Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Associação Mato-grossense dos Municípios, Secretaria de Educação de Estado da Educação, Secretaria de Saúde do Estado, do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep) e da Undime. (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

“Estamos apenas no início da tempestade, não é hora de pensar no retorno das aulas agora”, disse o deputado Lúdio Cabral (PT). “O maior número de casos será registrado até o final do mês. Faço um apelo aos prefeitos que estão pensando em retornar, como Cuiabá e Sinop, por exemplo. “Não podemos esperar em retorno breve das aulas”, disse o deputado que apresentou um estudo sobre os casos confirmados do coronavírus desde o registro do primeiro caso em Mato Grosso”.Miguel Slhessarenko, do Ministério Público Estadual, disse que está bastante claro que não há condições de retorno neste mês de maio. “Dependendo de avaliação, talvez para junho. É um assunto que merece ampla discussão”. Segundo Slhessarenko, esse retorno depende muito dos números e de avaliações daqui para a frente. “Não vejo condições de retorno este mês”. Sugeriu que seja um retorno de forma homogênea entre estado e municípios.

A representante da Secretaria de Estado de Educação, Rosa Maria do Carmo, destacou que se faz necessário observar as regras sanitárias para o retorno das escolas. “Temos que buscar alternativas para nos adequarmos à realidade momentânea. Para retornarmos com segurança e que essa pandemia não prejudique os estudos De repente, buscarmos uma plataforma digital para suprir a falta de aula neste momento”.

O deputado Dr. João (MDB), vê como extrema responsabilidade o papel da comissão especial. “É de uma imensa responsabilidade o papel dessa comissão. Os casos estão aumentando, temos que tomar cuidado. Ainda não chegamos no pico dessa pandemia”, disse.

O deputado Wilson Santos (PSDB) entende que o remédio está no isolamento social. “A história mostra, por exemplo, durante a gripe espanhola, foi o isolamento social que resolveu. Eu vou participar dessa comissão para defender o não volta às aulas. Há tempo para tudo, agora é tempo de recolhimento. Qual pai ou mãe vai mandar seu filho na escola”, questionou o deputado.

Conforme Wilson Santos “esse semestre já foi. Agora vamos preocupar com essa definição para a partir da segunda semana de julho. A previsão é que teremos mil mortes por dia no Brasil em breve. Não à volta as aulas. Temos que ter responsabilidade e vamos, sob a presidência de Barranco, discutir este assunto de forma séria e segura. Vamos construir um manual de volta às aulas, de maneira segura, respeitando a ciência”, destacou o parlamentar.

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga Filho, que participou da instalação da comissão, disse que não há como discutir volta às aulas sem unificar estado e municípios. “Quase 50 municípios do Estado já têm casos de coronavírus. Neste momento, retornar as aulas seria jogar fora tudo que foi feito desde que aconteceu o primeiro caso em Mato Grosso. Não tem como separar a educação municipal e a estadual. Temos que tratar de forma unificada, município e estado”, observou.

Eduardo Ferreira da Silva, representante da Undime, entende que o retorno das aulas tem que ser alinhado com o sistema de saúde. Segundo ele, há uma grande preocupação com o número de alunos em um determinado espaço físico, por exemplo. “Precisamos alinhar muita coisa para o retorno das aulas. A maior parte dos nossos professores está no grupo de risco, isso também preocupa bastante. Os municípios não se sentem seguros para retornar, pelo que temos visto”. 

Fonte: ALMT

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