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Médico especialista esclarece sobre o coronavírus e orienta sobre métodos de prevenção

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A Secretaria Municipal de Comunicação Social conversou com o médico infectologista da Rede Municipal de Saúde de Várzea Grande, Francisco Kennedy Scofoni Faleiros de Azevedo, e que também integra o Comitê de Enfrentamento ao coronavírus do município, para prestar orientações e tirar dúvidas sobre o COVID-19 que tem despertado uma série de questionamentos na população, principalmente sobre a real gravidade da situação.

A entrevista trata de diversos aspectos relacionados ao vírus e de como se portar diante do alastramento da doença. O especialista ressalta que não há motivo para pânico e que medidas simples ligadas à etiqueta da tosse, higiene e regras básicas de convívio em casa e nos locais de trabalho podem mitigar a propagação da doença.

Secom :  O que se sabe e o que pode se dizer sobre o COVID-19 até o momento?

Kennedy : O coronavírus é um vírus já conhecido, porém agora em dezembro de 2019 descobriu-se um novo subtipo viral, o COVID-19, que causa a infecção das vias aéreas superiores e inferiores. Esse coronavírus denominado de COVID-19 é diferente porque ele tem uma alta taxa de transmissão entre as pessoas, ainda não temos uma vacina para ele, mas está sendo estudado mundialmente. Em pessoas que têm comorbidades como diabetes, problemas no coração, problemas no pulmão ou pessoas idosas ele pode causar um quadro clínico mais grave. Por ele ter uma transmissão maior a chance de ter pessoas com quadros graves é maior também. Ele é de tão fácil transmissão que se tornou uma pandemia no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que virou uma pandemia, quer dizer que existe infecção por esse vírus em todos os continentes.

Secom :  Como é feita a transmissão do COVID-19?

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Kennedy : É feita pelo contato e pela respiração. Por exemplo, quando alguém espirra próximo a uma mesa e você coloca a mão nessa mesa e não lava as mãos. A partir do momento que você coloca suas mãos já contaminadas com o vírus nos olhos, no nariz ou na boca você já se contamina. Ou se alguém espirrar, tossir ou falar próximo de você. A questão do abraço, do apertar a mão e do beijar o rosto é importante abrir mão desses costumes.O distanciamento de uma pessoa a outra e uso de mascara são métodos de prevenção.

Secom : Quais os cuidados que podem ser tomados para evitar contrair o vírus?

Kennedy :  O isolamento social é muito importante nesse momento, se não há necessidade de sair de casa não o faça, evitando contato direto com outras pessoas. Então é importante a gente sempre higienizar as mãos a todo momento, fazer a higienização dos nossos objetos inclusive o celular, evitar aglomerações. Caso você tenha que ir a um supermercado, a uma farmácia, vá de máscara. Se a pessoa estiver tossindo, com febre, com um quadro clínico bem brando, tranquilo, fique quietinho em casa, isolado. E, quando tossir use um lenço de papel para tampar o nariz e a boca, joga no lixo depois e lava as mãos. Mas, se surgir alguma falta de ar, procure uma unidade de saúde mais próxima da sua casa e utilize a máscara.

Secom : Qual a importância da vacinação H1N1 com o COVID-19?

Kennedy : A vacinação contra a gripe é simplesmente para diminuir a chance de infecção por outros vírus respiratórios, no caso influenza, para não somar nos casos de COVID-19 que já está acomentendo nas pessoas. Então com a vacina contra a gripe diminui a chance de adquirir infecção pelo Influenza, o qual é um vírus que pode causar quadro respiratório grave.

Secom : Existe algo a fazer para reforçar a imunidade e evitar ser acometido pelo vírus?

Kennendy : Para melhorar a imunidade não existe ainda um remédio ou vacina específica, mas podemos enfatizar que as pessoas devem dormir bem, se alimentar bem com comida balanceada, evitar ficar perto de pessoas doentes, evitar ficar estressado pois baixa nossa imunidade. E, aquelas pessoas que possuem problemas de saúde como diabetes, cuidar muito bem do seu problema de saúde. Controlar bem a diabetes, se for hipertenso controlar direito a pressão arterial, se tiver problema no pulmão evitar fumar e assim por diante.

Secom : A Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou para muito alto o risco do coronavírus, o que isso significa?

Kennedy : Os riscos relacionam-se à disseminação e ao impacto que doenças novas possam causar com surto, epidemia e pandemia. Quando desconhecemos todo o impacto de uma nova doença tenta-se fazer uma contenção para evitar a disseminação. Esse nível de impacto é um alerta relacionado à vida do indivíduo levando em consideração à parte econômica, social, e aos serviços de saúde, como já estamos tento esses impactos na nossa sociedade. E, a OMS declarou que o COVID-19 é um vírus de alto risco justamente porque se tornou uma pandemia em todos os continentes, de muito fácil transmissão e como pode ter muitos casos as chances de terem casos graves são bem maiores, ou seja, uma epidemia que afeta um número de pessoas acima do controlável e demandas estratégias de atendimento por parte dos governos. Por isso que tem alto risco.

Secom :  Em suspeita de ter contraído o Coronavírus, como proceder?

Kennedy : Se a pessoa estiver com febre, dor de garganta e tosse, mas bem clinicamente pode ser sim infecção pelo Covid-19. Recomendamos ficar em casa e fazer direito o isolamento domiciliar. Porém se surgir falta de ar ou piora clínica, como fraqueza, prostração, piora dos sintomas a pessoa deve ir a uma unidade de saúde para ser consultado por um médico.

Secom : Qual a sua recomendação para as pessoas que não podem ficar em quarentena ou trabalhar em home office?

Kennedy : Aquelas pessoas que não podem trabalhar em casa precisam fazê-lo com muita cautela evitando a aglomeração enfatizando muito a lavagem das mãos, dos objetos, das superfícies, mesas, cadeiras, portas, maçanetas. Respeitar a distância mínima de 1,5 metros ou dois metros de outra pessoa e de preferência puder usar mascara. Em salas de trabalho manter os ambientes bem ventilados com as janelas abertas. A lavagem das mãos tem duas técnicas, uma é lavar com água e sabonete ou a fricção das mãos com produto antisséptico geralmente álcool. E o número de vezes de lavagem vai depender do número de vezes que tocamos superfícies e objetos que podem estar contaminados.

Secom : Quais as orientações para os profissionais de saúde que estão na linha de frente, em contato com os pacientes e demais trabalhadores de serviços essenciais?

Kennedy : Esses profissionais devem tomar muito cuidado. Higienizar as mãos várias vezes higienizar seus objetos de trabalho e pessoais. Eles também têm que se paramentar. No caso dos profissionais do setor de saúde que forem entrar em contato com paciente com suspeita ou confirmação de infecção pelo COVID-19, para examiná-lo tem que estar com avental, gorro, mascara, luva. E, caso tenha que fazer procedimentos mais invasivos que gerem aerossóis, por exemplo, uma intubação, o profissional tem que estar com capote ou avental impermeável, com protetor facial, gorro, tem que calçar luvas de procedimentos e por cima luvas estéreis e usar máscara N-95.

Secom : Por fim, há motivo para pânico e até que ponto as notícias sobre o tema contribuem para um contexto de medo por parte da população?

Kennedy : Como em toda situação nova o que é desconhecido faz com que as pessoas entrem em pânico por conta da desinformação. Mas não é necessário pânico, atualmente temos as experiências de outros países que tiveram o primeiro contato com esse vírus e a forma que sabemos que ocorre a transmissão dessa infecção, por isso não há motivo para pânico. Porém é importante a conscientização e a prevenção através de medidas simples ligadas à etiqueta da tosse, higiene e lavar as mãos constantemente com água e sabão, e, regras básicas de convívio em casa e nos locais de trabalho que podem mitigar a propagação da doença. Dentro dessas medidas de prevenção precisamos da ajuda da população para que cada um entenda de como se transmite o vírus que é por contato com gotículas ou secreção das pessoas. Tendo esses conhecimentos com certeza as pessoas não têm motivo para entrarem em pânico. Quanto às notícias, vivemos em um mundo digital e devemos evitar informações que não sejam de instituições oficiais.

Fonte: AMM

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