O ex-diretor da cadeia pública de Primavera do Leste, Valdeir Zeliz dos Santos, está entre os 19 indiciados pela Polícia Civil no âmbito da Operação ‘La Catedral’ que investigou crimes de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, ainda associação criminosa, corrupção passiva e ativa, que ocorriam dentro da unidade prisional que Zeliz coordenava. Ele foi indiciado por três delitos: corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, o servidor agia em conluio com o criminoso Janderson dos Santos Lopes, mentor intelectual e líder do esquema. A ação criminosa envolvia lavagem de dinheiro de origem ilícita, como o tráfico de drogas, e pela prática de corrupção, com oferta de vantagens indevidas a servidores públicos, como Zeliz.
Janderson tinha autorização judicial para trabalhar externamente e frequentar a faculdade em Primavera do Leste. No entanto, as autoridades constataram que ele não compareceu ao trabalho e nem às aulas do curso.
Entre as ‘regalias’, Janderson saia da unidade prisional dirigindo seu próprio veículo, passava o dia fora e só retornava no período noturno.
Além disso, mesmo detido, cumprindo condenação de 39 anos, o líder constituiu patrimônio considerável que incluiu empresas e a compra de uma frota de caminhões com reboques e semirreboques para formar a Transportadora Lopes, imóveis em Cuiabá, Primavera do Leste e Poxoréu, gado e veículos de luxo para ele e a esposa. O preso também movimentou de R$ 485 mil a 24 milhões de reais entre fevereiro de 2022 e novembro de 2023.
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O criminoso foi indiciado por lavagem de dinheiro, tráfico e associação para o tráfico junto com a esposa e dois comparsas que atuavam como sócios da empresa de transportes do bandido.
Assim como Zeliz, outras 14 pessoas também foram indiciadas pelos mesmos delitos.
O inquérito foi encaminhado nesta semana ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual. Agora, cabe ao parquet oferecer denúncia contra os acusados.
