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Professor de Matemática do Ensino Médio é preso por stalkear adolescente de 12 anos em MT

Um professor de Matemática, identificado apenas como P.C.I., 37 anos, foi detido pela Polícia Militar suspeito de stalkear uma adolescente de 12 anos pelo Instagram. A detenção ocorreu na cidade de Nova Marilândia (215 km de Cuiabá), mas, horas depois, a Justiça concedeu liberdade provisória ao investigado.

A denúncia foi feita pela mãe da vítima. A mulher explicou que, observou no Instagram da filha de 12 anos, que o homem reagia e comentava tudo que a menor postava.

Na manhã de um determinado dia, a denunciante disse que o suspeito mandou um “bom dia” para a menor. Dois dias depois, a mãe da vítima disse que o professor novamente mandou mensagem.

A mulher disse que começou a desconfiar da interação do suspeito e passou a interagir com ele. Paralelamente, ela acionou a Polícia Militar, que passou a procurar pelo professor.

No dia seguinte, o homem mandou mensagem para a adolescente pedindo o número do WhatsApp dela. A denunciante disse que, quando foi printar o pedido, o suspeito apagou a conversa.

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Durante uma blitz na cidade, o suspeito foi parado e detido pelo crime de stalker e insistir em conversar com adolescente de 12 anos.

O que diz o suspeito

Ao ser questionado pelos policiais, o suspeito disse que é portador de autismo e que está tentando tratamento pela rede pública, pois não tem condições de custear o tratamento particular.

Sobre o crime, ele justificou que recebeu um convite pelo Instagram de uma mulher e que ela curtiu uma foto postada em seu story. O homem disse que ficou curioso em saber quem era e chegou a enviar mensagens de “bom dia”. O investigado disse que a pessoa sempre “devolvia outro bom dia”.

Ele ainda contou que, após essa “mulher” postar uma foto na academia, disse: “Fazer academia deixa a pessoa top”. O professor alega que a pessoa não respondeu.

O suspeito detalhou aos policiais que ficava mandando mensagem de “bom dia”, pois tinha curiosidade de saber quem era e que não sabia que ela era menor.

O profissional de Educação ainda acrescentou que não teve intenção de marcar encontro ou insinuar para a menor e que a única intenção era saber se ele não era uma pessoa “fake”.

Questionado se já foi preso, o suspeito informou que sim pelo crime de perseguição, na cidade de Nova Mutum.

A audiência de custódia

Durante audiência de custódia, a juíza Marina Dantas Pereira, da Vara Única de Arenápolis (235 km de Cuiabá), concedeu liberdade provisória ao suspeito. Em sua justificativa, a desembargadora justifica que não houve pedido de prisão preventiva contra o suspeito formulado pela Polícia Civil ou pelo Ministério Público (MPMT).

No entanto, o professor terá que cumprir medida cautelares como: comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades, proibição de ausentar-se da comarca por mais de 10 dias, salvo comunicação do juízo, proibição de mudança de endereço, sem prévia comunicação do juízo, recolhimento domiciliar das 20h às 06h de segunda sexta e durante todo o período nos finais de semana, ressalvado por motivos de trabalho ou de saúde, pagamento de fiança no montante de R$ 400,00, proibição de entrar em contato com a suposta vítima, por qualquer meio de comunicação.

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