Decano da Câmara Legislativa (CLDF), o deputado distrital Chico Vigilante (PT) afirmou, nesta terça-feira (2), que a oposição aguarda a publicação da redação final do novo texto do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília, mais conhecido como PPCub , para tentar barrar na Justiça as modificações no projeto original de Lúcio Costa e que originou a capital federal.
“Isso é um plano de destruição, não de preservação. É uma atrocidade. Estamos aguardando a publicação da redação final do texto para questionarmos ponto por ponto”, afirmou ao GPS|Brasília .
Segundo o parlamentar, ainda não ficou acertado se todos os partidos opositores (PT, PSol e PSB) ingressarão com ação conjunta ou se irão individualizar os questionamentos.
“Há pontos inaceitáveis, como a construção de um novo bairro nas proximidades dos palácios da Alvorada e Jaburu, a permissão de aumentar os 16 hotéis no centro de Brasília, por exemplo”, disse o petista.
Críticas
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A recente aprovação do novo texto pela Câmara Legislativa ( CLDF ), no dia 19 de junho, gerou controvérsias e preocupações, uma vez que, segundo os críticos, o plano vai de encontro aos princípios arquitetônicos e urbanísticos que nortearam a construção da cidade e que, ainda hoje, garantem qualidade de vida aos moradores da região central da cidade.
Dentre as principais críticas ao novo PPCub está o aumento do gabarito dos hotéis na região das asas Norte e Sul, permitindo a construção de edifícios com até 12 andares em terrenos onde até então recebem prédios de até três andares.
Essa mudança tem gerado preocupações quanto ao impacto no trânsito e na infraestrutura da região, além de levantar questões sobre a especulação imobiliária e a perda da identidade arquitetônica de Brasília.
Além disso, a autorização para construções em lotes no setor Oeste do Eixo Monumental tem gerado debates intermináveis, especialmente em relação à destinação de áreas verdes e à preservação do cerrado. A expansão urbana desenfreada e a falta de planejamento têm sido duramente criticadas por urbanistas, arquitetos e ambientalistas.
A situação se agrava com a possível perda de vegetação do cerrado às margens do Lago Paranoá, onde novos empreendimentos imobiliários estão previstos para serem construídos, com possibilidades de moradia e até de hospedagens em flat service . Há ainda a possibilidade do funcionamento de funerárias em postos de combustíveis na área central, inclusive nos eixinhos Norte e Sul, e a regularização de hotéis, pousadas e motéis nas vias W3, o que é completamente refutado pelos moradores da região.
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Fonte: Nacional