Um grupo de pesquisadores do Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), coordenada pela Dra. Rosane Christine Hahn vem desenvolvendo trabalhos de pesquisas voltadas no combate ao Covid-19. Desde 2012, professores e pesquisadores da Universidade federal de Mato Grosso (UFMT) trabalham projetos nos programas de pós-graduação de ciências da saúde, pesquisas voltadas para vírus que são problemáticos no nosso estado, principalmente os arbovírus.
Com aquisições de aparelhos importantes ao longo dos anos, permite o uso dos laboratórios para diagnósticos da Covid-19. Um destes aparelhos é o de PCR em tempo real, equipamento avançado que permite que se tenha um processamento maior das amostras para os testes dos pacientes e dos profissionais de saúde do Hospital Julio Muller, sendo hoje uma das unidades de saúde de referência para receber os infectados, que necessitam de internações em enfermarias e leitos de UTI.
Estes equipamentos foram adquiridos com recursos do Governo do Estado de Mato Grosso por meio da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de Mato grosso (Fapemat), para dar suporte aos profissionais que trabalham há muitos anos com agentes infecciosos, especialistas em Biologia Molecular, Virologia e outras áreas da saúde, permitindo que todas as amostras dos pacientes sejam testadas em um único tubo, aumentando a processabilidade de amostras, evitando gastar mais tubos e reagentes, minimizando a exposição de quem está manipulando as amostras para se obter mais segurança e rapidez, conforme a demanda.
Com isto, a equipe já conseguiu padronizar o teste para rodar no equipamento, atendendo a Portaria 99 da Secretaria Estadual de Saúde (SES) para que os laudos sejam reconhecidos e anexados aos boletins epidemiológicos junto aos diagnósticos do Laboratório Central de Saúde Pública do Mato Grosso (LACEM/MT).
A importância dos investimentos na ciência
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A professora Dra. Renata Dezengrini Slhessarenko destaca a importância dos fomentos em pesquisa. “Ao longo dos anos foi se montando uma estrutura laboratorial que é requerida, não se começa essa montagem da noite para o dia, porque é necessário um treinamento de biossegurança para trabalhar com esses agentes. O profissional tem de ter uma prática de bancada muito grande, com treinamento para atuar com vírus patogênico, trabalhando de forma adequada para não se infectar, técnicas estabelecidas seguindo protocolos que possam ser aplicados em curto espaço de tempo, para que possa ser ofertado à pesquisa e população”.
Hoje esta estrutura já está a disposição com poucas adequações, como exemplo, equipamentos como Kits de RNA, Kits de PCR em tempo Real, ELISA. Os mesmos os Kits rápidos levam em torno de 60 dias para serem importados dos Estados Unidos, Alemanha, China, além da burocracia para serem despachados e posteriormente liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Esses equipamentos foram adquiridos para projetos de pesquisas desenvolvido pela turma de Saúde Coletiva da Universidade federal de mato grosso ( UFMT) por causa da epidemia de Zika e Chikungunya, desde 2012, na medicina veterinária também há equipamentos que vão auxiliar muito nos estudos e resultados em combate ao Covid-19″.