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O ministro Jesuíno Rissato, do Superior Tribunal Federal (STJ), manteve a prisão de Ary Flávio Swenson Hernandes, apontado como o líder de uma organização criminosa que traficou quase quatro toneladas de cocaína. A droga viria de Bolívia para Mato Grosso e seria posteriormente mandada para São Paulo (SP). O suspeito foi preso no âmbito da Operação Grão Branco, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em abril de 2021. A decisão foi proferida nesta terça-feira (23).
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Nos autos, consta que Ary já foi condenado a mais de 18 anos de prisão por tráfico de entorpecentes. Ele é o líder de uma organização criminosa voltada para o tráfico transnacional de drogas.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), Ary foi preso em Jundiaí (SP), em 2011, sendo condenado a sete anos de prisão, ao ser flagrado na companhia de três indivíduos, um brasileiro e dois bolivianos, no momento que ultimavam a negociação de 101 kg de cocaína. No entanto, Ary valeu-se da concessão de saída temporária para evadir-se do território nacional e se camuflar na Bolívia.
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Em um dos trechos da decisão, o ministro anotou que não existem dúvidas sobre os perigos que o suspeito representa se colocado em liberdade. “Assim, não há dúvidas de que há risco à futura aplicação da lei penal, caso Ary seja colocado em liberdade”, anotou o magistrado.
Quanto a possibilidade de liberdade, o ministro argumentou que medidas cautelares não são o suficiente para assegurar que Ary não fugirá novamente como em outras ocasiões.
“Outrossim, havendo a indicação de fundamentos concretos para justificar a custódia cautelar, não se revela cabível a aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão, visto que insuficientes para resguardar a ordem pública. […] Ante o exposto, denego o habeas corpus”, determinou o ministro.