A Petrobras vai botar em processo de hibernação 62 das suas plataformas em campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará. A estatal justifica a decisão devido à baixa no preço internacional do petróleo.
Segundo a estatal, “faz parte de uma série de ações para preservar os empregos e a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos”. Apesar de ter divulgado apenas na noite desta quarta-feira (15) a estatal informou que o mercado foi avisado na decisão no dia 26 de março.
A Petrobras esclarece que as plataformas que deixarão de extrair óleo momentaneamente “não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo e são ativos em processos de venda”. O corte na produção com a parada dessas unidades é de 23 mil barris de petróleo por dia.
“Dessas plataformas, 80% não são habitadas, e os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidos. Todos serão realocados para outras unidades. Caso haja interesse, outra opção é a adesão ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV), conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio”, informa a estatal.
A estatal informa que para enfrentar uma “crise sem precedentes que combina queda abrupta da demanda e do preço do petróleo”, também desembolsou linhas de crédito, cortou e postergou investimentos, reduziu gastos operacionais e despesas com pessoal.
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“Foi postergado o pagamento do Prêmio por Perfomance para empregados e dos dividendos para os acionistas, além da renegociação de contratos com grandes fornecedores. As ações da Petrobras estão em linha com o que toda a indústria global de petróleo está fazendo para superar os impactos dessa crise”.
A guerra do preço do petróleo começou há um mês, quando a Arábia Saudita e a Rússia aumentaram a produção, mesmo com os preços em queda. Há duas semanas, a cotação do barril do tipo Brent chegou a operar próxima de US$ 20, o menor nível em 18 anos.
A crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus contribuiu para a diminuição da demanda por petróleo e de derivados.
Edição: Aline Leal