O estado do Tocantins começa a retomar, de forma gradativa, atividades e serviços considerados não essenciais. Essas atividades estavam suspensas desde que o governo do estado anunciou, entre as medidas de combate ao novo coronavírus (covid-19), o isolamento social. As recomendações visando à retomada das atividades foram deliberadas pelo Comitê de Crise para prevenção do covid-19 nesta segunda-feira (13).
Na decisão, que flexibiliza os pontos do decreto que recomendava o funcionamento de serviços considerados essenciais, o comitê permite o funcionamento de estabelecimentos não essenciais, desde que mantendo “rígido controle de acesso para evitar aglomerações, estimulando a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel 70% e a observância da etiqueta respiratória”, informou, em nota, o governo do estado.
De acordo com a nota, os serviços voltarão gradativamente à sua normalidade “e serão monitorados semanalmente, ou até diariamente, em cada cidade sob a orientação da manutenção e respeito às regras sanitárias”.
Entre as recomendações do comitê para a continuidade das atividades estão a de garantir o distanciamento em filas para pagamento, com marcação identificada aos clientes; o distanciamento entre os colaboradores de dois metros; a manutenção de ambiente arejado; a higienização de banheiros, que deverão estar dotados de sabão líquido e papel toalha; e a disponibilização de utensílios descartáveis nos serviços de bebidas e alimentação.
Os estabelecimentos comerciais estarão sujeitos à fiscalização pela Vigilância Sanitária municipal. Na nota, o governador Mauro Carlesse diz que após 30 dias de isolamento social o estado conseguiu manter o número de casos de covid-19 estável, o que evitou que a rede pública de saúde entrasse em colapso.
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Ele lembrou que o Tocantins foi o primeiro estado da Região Norte a institucionalizar medidas preventivas como monitoramento, controle e combate ao vírus, antes mesmo que aparecesse o primeiro caso.
A nota mostra manifestação do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Helvécio de Brito, considerando que o fator econômico também é uma ferramenta importante para o crescimento do estado e que, por isso, este seria “o momento de flexibilizar, porque o Tocantins é economicamente frágil”.
Outra argumentação apresentada na nota como justificativa para a flexibilização é da procuradora-geral de Justiça, Maria Cotinha Bezerra. Segundo ela, “é um alívio a proposta de retomada dentro dos cuidados essenciais recomendados pela saúde. A partir de agora, manteremos nossas rotinas, só que nos cuidando mais e de forma mais disciplinada no combate dessa doença”.
Edição: Graça Adjuto