A mãe da vereadora Marielle Franco, Marinete da Silva, revelou nesse domingo (24) que a participação de Rivaldo Barbosa no assassinato da filha foi uma surpresa para a família. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro havia se comprometido a elucidar o crime o quanto antes e tinha tratado o caso como “uma questão de honra”.
Ela diz que Rivaldo a abraçava e consolava durante a investigação, e que a filha o conhecia e confiava no seu trabalho. “A gente foi traído, não é só traído… Eu acho que era um agente, um homem de segurança, um homem que tinha, na época, um poder enorme para poder avançar no caso”, detalhou Marinete à GloboNews.
“A minha filha confiava nele e no trabalho dele. E ele falou que era questão de honra dele elucidar o caso. Ele falou para mim que isso era uma questão de honra para ele”, afirma.
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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, disse se sentir cansada e que as prisões a levaram de volta ao dia do crime. “Quando eu recebi a notícia, eu fui para o local do crime, eu fui para o IML no dia seguinte, às 6h, e fui para o velório da minha irmã e eu tive que ficar de pé, eu não sei se eu já encontrei força, parece que eu estou revivendo esse momento hoje”.
Anielle complementa: “Ninguém merece morrer como ela foi assassinada. E as pessoas terem a frieza de planejarem, darem um aval e sentar com a minha mãe para tomar café e falar que a gente vai resolver o caso. Que mundo é esse que a gente está vivendo?”.
Monica Benicio, viúva de Marielle, também afirma que ficou surpresa. “O sentimento é de dor revirada nesses 6 anos e 10 dias, e também de revolta. A grande surpresa foi o nome, o aparecimento do nome de Rivaldo Barbosa”, diz.
“O que resta é um sentimento de revolta disso tudo ter acontecido da maneira bárbara e chegar a respostas como essa, que a gente sabe que autoridades que deveriam estar comprometidas em elucidar não só falharam em deixar acontecer, como depois foram responsáveis pela não elucidação célere disso”, complementa.
A Polícia Federal prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil), o conselheiro do Tribunal de Contas do RJ, Domingos Brazão – irmão de Chiquinho – e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, acusados de serem os mandantes do crime que matou Marielle Franco e o motorista Anderson Torres. Para a PF, Rivaldo foi um dos mentores da execução.
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Fonte: Nacional