O acidente que causou a morte de Agilsa Rodrigues de Oliveira Marques, de 50 anos, e Ailton Elias Ferreira, de 56 anos, na noite de 31 de dezembro, após um veículo colidir na moto em que estavam, na MT-251, criou uma dor inconsolável no seio da família.
Agilsa era dona de casa, mãe de 9 filhos e avó de 11. Ela era casada com Ailton há cerca de quatro anos, e eles residiam na comunidade Vila Formosa, localizada no km 10 da MT-251, com os dois caçulas de Agilsa, Elias, de 13 anos, e Maísa, de 15.
Citada como uma mãe amorosa e guerreira, ela criou os filhos sozinha, apesar de passarem por muita dificuldade financeira no decorrer dos anos, contou Elisângela, uma das filhas da vítima.
“Não tenho palavras para descrever a mãe. Ela era maravilhosa. Nunca abandonou a gente, e a gente nunca abandonou ela. Está sendo muito difícil”, relatou.
“Ela deixou dois filhos menores, e a gente vai ter que se virar para não abandoná-los. Estou indignada, mas está nas mãos de Deus. Creio que Deus não vai desamparar a gente”, desabafou.
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Elisângela, de 27 anos, que também é dona de casa, tem quatro filhos, e agora vai ajudar a criar Elias, o caçula, enquanto outra irmã cuidará de Maísa.
“Ela tinha um coração muito bom. O que ela tinha, dividia. Não teve um filho perdido… Do tanto que ela teve, nenhum vive de droga, fomos todos criados bem e na igreja”.
Segundo Elisângela, desde o acidente, toda família está reunida em sua casa, no Bairro Serra Dourada, pois estão muito abalados com a perda e não conseguem ficar sozinhos.
“A gente passa a noite acordado, e só dormimos de manhã cedo. A gente está chocado até agora, porque não recebemos ajuda, socorro das pessoas que causaram esse inferno na vida da gente”
O enterro
Elisângela relatou que, para realizar o velório e enterro da mãe, a família contou com uma vaquinha aberta nas redes sociais e ajuda de familiares e amigos.
“A gente não tinha condições de arcar com as despesas. Fomos pedindo para amigos, próximos, e conseguimos velar ela dignamente”.
“A gente queria que fosse na casa dela, porque ela sempre gostou de passar o dia 1º lá, com os filhos… mas era muito longe”.
“Foi uma correria [para conseguir o valor], e tem sido uma correria até hoje. Estamos dormindo todo mundo apertadinho”.
Ajuda
Segundo Elisângela, a família até hoje não vive em condições financeiras estáveis. Agora, com a responsabilidade de criar os irmãos, ela está recebendo doações de quem se interessar a ajudá-los.
“A gente não está pedindo nada, mas as pessoas que quiserem ajudar, a gente recebe de coração”, disse.
“Não consigo falar o que eu estou precisando, porque o que a gente queria ninguém pode dar, que é a minha mãe de volta”.
Para doações, o telefone de Elisângela é (65) 98412-5588.