O Governo Central, formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou superávit de R$ 3,9 bilhões, em novembro. O resultado é o melhor para o mês desde 2013. A informação foi divulgada hoje (29) pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
O resultado primário é formado por receita menos despesas, sem considerar os gastos com juros.
Em novembro de 2020, o Governo Central havia registrado déficit de R$ 18,3 bilhões. De acordo com o Tesouro, em novembro de 2021 houve um aumento real (descontada a inflação) de 4,4% (crescimento de R$ 5,6 bilhões) da receita líquida e um decréscimo real de 12,7% (menos R$ 18,5 bilhões) das despesas totais, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Essa diferença no resultado decorre da redução de gastos públicos, especialmente durante a pandemia.
“A diminuição nas despesas primárias em novembro de 2021 em comparação com o mesmo mês do ano anterior, por sua vez, foi influenciada principalmente pela redução nos gastos em resposta aos efeitos socioeconômicos da crise provocada pela covid-19. Créditos extraordinários apresentaram redução de R$ 20,3 bilhões quando comparados a novembro de 2020”, diz o relatório.
O governo também registrou reduções reais nas despesas de pessoal e encargos sociais (menos R$ 2,8 bilhões) e de benefícios previdenciários (menos R$ 2,7 bilhões).
Apesar do saldo positivo em novembro, o resultado acumulado nas contas públicas no ano totaliza um déficit primário de R$ 49,3 bilhões, ante déficit de R$ 699,1 bilhões no mesmo período de 2020.
Edição: Denise Griesinger