A coluna já havia cantado a bola no final de outubro sobre as demissões que a Globo vem promovendo em seu Jornalismo por conta da crise desmedida que enfrenta há mais de três anos. Por conta disso, a emissora prevê um corte de mais de 150 profissionais para reduzir drasticamente sua folha de pagamento.
A tática da emissora, no entanto, é esconder do sindicato a “demissão em massa”. Para isso, adotou uma tática de cortes a conta gotas. Todas semanas um grupo pequeno de profissionais é chamado ao RH, em dias diferentes, e recebe o aviso de corte. As razões apresentadas são a reestruturação interna.
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Mas a verdade é que a emissora tem levado em consideração dois fatures: tamanho do salário e produtividade. Se a pessoa ganha acima da média, mas produz muito, ela fica. Mas se ganha muito e faz poucas reportagens ou poucas entradas no vídeo, está na rua.
Mas há também o outro caso: se o profissional tem um salário mediano e mesmo assim não é dos mais produtivos, ou apresenta problemas nos bastidores, ele também entra na lista de cortes.
No caso dos medalhões do Jornalismo da Globo, o fator salário tem sido fundamental para suas saídas. Em compensação, a emissora tem oferecido um benefício bastante generoso a eles para evitar qualquer imbróglio na Justiça, e também como agradecimento aos anos de serviços prestados.
Embora as demissões dos veteranos que apareciam no vídeo não ultrapassem a marca de dez nomes até o momento, o plano de redução de custos na folha de pagamento prevê cortes em todas as áreas do Jornalismo, ultrapassando a marca de 150 profissionais nas bases de São Paulo, Rio, Brasília e nas sucursais internacionais.