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Projeto de diminuição de pena através de leitura de livros é instituído em todas as unidades penais de MT

Agitos Mutum

O Núcleo de Educação nas Prisões (NEP) junto com a Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), lançou na quarta-feira (8) o projeto estadual de leitura “LiteraLiberdade”. A iniciativa tem o objetivo de possibilitar a redução de pena dos reeducandos que participarem do projeto de leitura. 

O lançamento ocorreu no Complexo Penitenciário Ahmenon, em Várzea Grande, e será instituído nas demais 44 unidades penais de Mato Grosso. Com a leitura, o reeducando poderá reduzir até quatro dias de pena, desde que sejam cumpridos todos os requisitos do projeto. Eles terão de 21 a 30 dias para a leitura do livro e devem apresentar, ao final, uma resenha da obra.  

O projeto também permite que analfabetos participem. A leitura é realizada em pares, com uma pessoa alfabetizada lendo para quem não consegue. Neste caso, o recuperando não escolarizado relata o que ele aprendeu e o alfabetizado transcreve. A participação é totalmente voluntária.

Segundo a superintendente de Políticas  Penitenciárias, Sibeli Nardoni Roika, o projeto contribui na ressocialização do reeducando, além de agregar valores na formação desta pessoa privada de liberdade. “A educação é um dos pilares da ressocialização e da reinserção social. É fundamental este projeto dentro de uma unidade penal”, destacou. 

Cada recuperando poderá escolher o seu próprio livro, dentro das obras disponíveis na unidade. No Complexo Penitenciário Ahmenon, há mais de mil exemplares de livros disponíveis. Durante os 12 meses do ano, o recuperando pode acumular até 48 dias de remição de pena. 

Para o diretor da unidade, Alex Rondon, o projeto será uma oportunidade para todos os 157 reeducandos do Ahmenon . “A educação muda a vida das pessoas, ao receber este projeto eu fiquei muito feliz, pois, são obras que contribuem no aprendizado dessas pessoas privadas de liberdade”, enfatizou. 

A pedagoga responsável pelo NEP, Fabiana Flavia de Magalhães Nascimento, explica que a ressocialização por meio da educação e do conhecimento é fundamental. “O conhecimento é algo que não se tira de ninguém, para além do conhecimento este projeto é a oportunidade de se ter uma reinserção. A literatura dá essa oportunidade para pessoas conhecerem outros espaços e ressignificar a própria vida”, pontuou a pedagoga. 

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