Zezé Di Camargo usou as redes sociais para manifestar apoio ao cantor Sérgio Reis e se ofereceu para participar do álbum do sertanejo, cancelado após a desistência de cinco dos seis convidados. Ainda nesta quarta-feira, foi divulgado que Reis, 81, foi internado na terça (24).
Zé Ramalho, Maria Rita, Guilherme Arantes, Guarabyra e Anastácia cancelarem suas participações em reação a falas antidemocráticas de Sérgio, alvo de investigação da Polícia Federal. Apenas Paula Fernandes disse que se manteria no disco. Marco Bavini, filho de Sérgio Reis, que produzia o álbum de parcerias do pai com outros artistas, afirmou que o disco não existe mais: “Me resta lamentar. Mas temos outras coisas para fazer”.
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Ainda assim, Zezé se colocou à disposição para uma participação. “Sergião, você não está sozinho. O Brasil está com você. O que estão fazendo com você é de uma crueldade sem tamanho. Acho que as pessoas não entenderam ainda que a vontade do povo prevalece você é um homem do bem. Você é um homem que conheço há muitos anos, só fez o bem. Bem pra música sertaneja, pras pessoas que mais necessitam”, iniciou Zezé em uma série de vídeos publicado no Instagram. “E se realmente aconteceu isso de alguns artistas cancelarem a participação do seu DVD, eu me colocarei aqui à disposição. Eu quero participar, cantar uma música com você.”
Após a publicação de Zezé, a dupla João Bosco e Vinícius também se colocou a disposição para gravação, comentando um post nas redes sociais. “O Sérgio Reis já nos deu a honra de gravar conosco no CD Estrada de Chão. Então, nos colocamos à disposição pra gravarmos quando e onde você quiser. Você que manda.”
Sérgio Reis foi internado terça-feira no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A informação veio pelo apresentador de TV Geraldo Luís, amigo pessoal do cantor e compositor. O motivo da internação não foi revelado. O sertanejo, que é diabético, vinha se queixando de picos de glicemia. A debandada de parceiros do disco em produção foi uma reação à divulgação de um áudio de Sérgio que descreve ações violentas contra a democracia. Ele é investigado pelos crimes 147, 163 e 262 do Código Penal, relativos a ameaça, destruição de coisa alheia e atentado contra a segurança. Saiba mais sobre o inquérito.