Num dia de otimismo externo e de alívio interno, a bolsa de valores teve a maior alta diária em sete meses e reduziu as perdas em agosto. O dólar caiu para o menor valor em 11 dias e voltou a ser cotado abaixo de R$ 5,30.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta terça-feira (24) aos 120.211 pontos, com alta de 2,33%. Esse foi o maior ganho diário desde 28 de janeiro, quando o indicador tinha subido 2,59%.
A trégua também ocorreu no mercado de câmbio. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,262, com recuo de R$ 0,12 (-2,23%). Essa foi a maior queda diária desde 31 de março, dia em que a cotação tinha caído 2,31%.
A cotação está no menor valor desde o último dia 13 (R$ 5,245). Apesar do desempenho de hoje, os resultados continuam negativos para o mercado no acumulado do mês. Em agosto, o dólar registra valorização de 1%; e a bolsa, queda de 1,31%.
O mercado foi embalado pelo otimismo internacional. Nos Estados Unidos, os índices S&P 500 (das 500 maiores empresas) e Nasdaq (das empresas de tecnologia) voltaram a bater recordes, influenciados pela aprovação definitiva pelo FDA (agência de medicamentos norte-americana) do registro da vacina da Pfizer contra a covid-19. A medida aumentou a confiança na recuperação da maior economia do planeta.
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Na China, a ausência de transmissão local de casos de covid-19 voltou a animar os mercados de commodities (bens primários com cotação internacional), principalmente de ferro e de petróleo. A valorização desses produtos beneficia países exportadores de bens agrícolas e minerais, como o Brasil.
No mercado interno, a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, foi bem recebida pelos investidores. Hoje, o parlamentar disse que o Congresso não aprovará medidas contra a responsabilidade fiscal e que resulte em calote de precatórios (dívidas do governo reconhecidas definitivamente pela Justiça). Lira disse que qualquer solução encontrada pelo Congresso respeitará o teto de gastos.
Edição: Claudia Felczak