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Polícia procura acusados de dar apoio logístico à quadrilha do ‘Novo Cangaço’

Gazeta Digital

Após 30 dias do assalto as cooperativas de créditos que assustou moradores da cidade de Nova Bandeirantes, no norte de Mato Grosso, equipes da Segurança Pública continuam o cerco no local em busca dos envolvidos nos crimes. Além dos assaltantes – entre 10 e 12 que participaram da ação – há ainda a busca pelos ‘apoios’, responsáveis pela logística da quadrilha.


Em entrevista ao , o comandante do 9° Comando Regional da Polícia Militar, Adnilson Arruda, explicou em um mês de operação foi possível identificar que os assaltantes – todos da região Nordeste do país – contavam com o apoio de comparsas responsáveis pela logística.

“Isso é, quem ficaria responsável por levar comida para eles no meio do mato, responsável por transporte e outros. Já sabemos que tinha essa rede de apoio e tudo está sendo investigado”, contou. Apesar de os assaltantes serem de fora de Mato Grosso, ao menos 3 pessoas da região foram identificadas pelo envolvimento na parte ‘operacional’.

Ao todo, são 9 mortos e 4 presos. Entre os mortos, há pessoas moradores da região, como já citado, envolvido com os criminosos. Arruda ressalta, com informações levantadas pela inteligência da Segurança Pública, que os bandidos planejaram muito bem o crime. “Eles estiveram na cidade, planejaram por meses o crime, mas em 30 dias, esse planejamento já acabou. Não esperavam que duraria tanto”.

Persistência das forças
Para o comandante, está claro que o sucesso da operação é fruto da persistência dos policiais e da equipe envolvida na operação. “Há algum tempo a gente não ouvia falar de crimes na modalidade ‘Novo Cangaço’ em Mato Grosso, o que era comum há alguns anos atrás. Então, essa resposta rápida que estamos dando, serve também de alerta para outros criminosos que pensam em atuar da mesma forma”.

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Dos quase R$ 900 mil levados pelos bandidos, a polícia já recuperou quase R$ 500 mil. Além disso, há uma grande quantidade de armas apreendidas, de diversos calibres, bem como fuzis. Munições também já estão com os policiais, apontando que o grupo estava fortemente armado e com objetivo de levar pânico à população.

“A cidade foi atacada, foi humilhante ver o que aconteceu. Mas, com a operação em andamento, a região está toda cercada e não tem para onde eles fugirem. São mais de 100 policiais envolvidos, com barreiras entre os municípios funcionando por 24 horas”, ressaltou.

Segundo o comandante, os bandidos não chegam para esse tipo de crime esperando um confronto com os policias – apesar de estarem bem armados. O objetivo é mostrar força com as armas justamente para assustar os moradores. Mas, de qualquer forma, se sentem ‘bem preparados’ para atacar.

“A nossa polícia está muito bem preparada e atuando da melhor forma possível”. A operação continua e não tem data para ser encerrada. Os presos já foram ouvidos pela Polícia Civil, mas o teor dos depoimentos não foram divulgados.

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