A deputada estadual Janaina Riva (MDB) abriu, nesta segunda-feira (21) o seminário ‘Mulheres no Espaço Público’, evento de entrega do relatório final da Câmara Setorial Temática da Mulher (CSTM). Segundo a parlamentar, o trabalho da CST começa a dar frutos com o levantamento das leis existentes de proteção e defesa da mulher e os apontamentos do que ainda falta ser implantado, para poder levar à sociedade mais informações sobre os recursos legais disponíveis no estado e nortear os deputados sobre o que ainda é necessário para combater a violência contra a mulher.
“É muito gratificante ver que as ideias e os apontamentos levantados pela câmara setorial temática começam a ser colocados em prática e já norteiam nossos projetos de lei e trabalhos na busca pela defesa dos diretos das mulheres. Quando o deputado Wilson Santos e eu pensamos na implantação dessa Câmara e levamos a proposta à desembargadora Maria Erotides, com o convite para que ela presidisse os trabalhos, era justamente para ser apolítica, com representantes de cada poder e de segmentos da sociedade civil organizada para ratificar a seriedade do seu trabalho. Deu certo e hoje tenho muito orgulho de ter feito parte disso”, disse.
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Janaina palestrou sobre ‘Mulheres no Espaço Público’ com relação à participação das mulheres na política e os desafios enfrentados por aquelas que resolvem passar pela disputa eleitoral. Defensora fiel da PEC que tramita no Congresso Nacional onde reserva um percentual mínimo de 15% de vagas nos parlamentos para as mulheres, Janaina falou de sua trajetória política e das dificuldades enfrentadas pelas mulheres na política.
“Se essa PEC fosse aprovada, teríamos no mínimo 4 deputadas estaduais em Mato Grosso e conseguiríamos pleitear mais espaços de poder para defender com mais força as nossas bandeiras. A região Centro-Oeste é a que possui menor percentual de mulheres nas casas legislativas. O estado vizinho, Mato Grosso do Sul, não tem nenhuma deputada estadual nesta legislatura. Há duas legislaturas eu sou a única mulher no Parlamento estadual. É muito complicado promover a democracia sem a paridade”, explica.
De cada 100 parlamentares estaduais brasileiros, somente 15 são deputadas – em 2014 o porcentual era de 11%. Dos 1.060 eleitos em 2018 para os legislativos nos Estados, apenas 163 são do sexo feminino. “Nosso trabalho de empoderamento feminino é árduo e na minha opinião passa pela conscientização das nossas meninas. A gente precisa ser respeitada. Eu desejo que minha filha possa ser o que ela quiser, política ou não, mas que suas escolhas sejam respeitadas”, finalizou.