Muitos conflitos e mal-entendidos são gerados por falhas e equívocos cometidos tanto por quem fala quanto por quem escuta. A comunicação não-violenta é um método que visa resolver os atritos nos relacionamentos pessoais e profissionais de maneira pacífica. Com intuito de aprimorar as percepções, abordagens e estratégias que permeiam as relações de trabalho, auditores da Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso (CGE-MT) participaram do treinamento virtual sobre “Comunicação Não-Violenta”.
Conduzido pela facilitadora Juliana Matsuoka, o treinamento foi dividido em quatro etapas e teve como foco desenvolver habilidades de diálogo, de escuta, de comunicação clara e assertiva e de estabelecimento de acordos, estratégias de autocomposição para solucionar conflitos.
Conforme Juliana Matsuoka, a comunicação não-violenta discorre de uma conexão consigo e com o outro, com o objetivo de ter mais atenção, de saber ouvir, cultivar e reconstruir ligações.
“Qualidade em escutar o outro é considerar o que ele fala, mesmo que concorde ou não. É importante a empatia no ambiente organizacional e formas de amenizar os conflitos gerados. Além de criar mais cooperação e engajamento, bem como liderar equipes de maneiras mais eficientes e participativas”, argumentou a facilitadora.
Para o superintendente de Atos e Auditoria de Pessoal da CGE-MT, auditor Gilmar Souza da Silva, a capacitação foi importante para compreensão da arte de se comunicar, que começa pelo caminho do sentimento de reciprocidade.
Receba as informações do ATUALMT através do WhatsApp:
Clique aqui para receber as notícias no seu WhatsApp.
“Penso que todos tivemos a oportunidade de aprender muito sobre a arte de se comunicar com os outros, seja na parte profissional como também pessoal. Quando escolhi fazer o curso pensei que seria mais no sentido de como não ofender as pessoas, falando bruscamente. Mas a comunicação vai muito além da palavra, é saber ouvir e tentar entender o que se passa com o outro, dar a atenção devida e se expressar na forma correta que a situação pede”, ressaltou o superintendente.
Criada na década de 1960 pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, a comunicação não-violenta é uma abordagem que trabalha as relações entre as pessoas de maneira menos agressiva e com mais empatia.
Na prática, para empregar a comunicação não-violenta, existem processos que passam por mecanismos e ações que podem ser tomados por quem pretende começar a se conectar e se relacionar melhor com os outros.
De acordo com a especialista, faz parte do processo entender o que está acontecendo dentro de si, o que se sente; perceber o que está acontecendo com o outro, o que este outro sente; a partir desses entendimentos, tentar resolver os conflitos.
Dentro dessa perspectiva, o superintendente de Controle da CGE-MT, auditor Breno Camargo Santiago, destacou que foi fundamental refletir sobre questões complexas, no que se refere à comunicação não-violenta.
“Eu gostei muito do curso. Nos mostrou formas de enxergar as dificuldades que se apresentam no cotidiano de uma empresa, do órgão ou da sua própria casa. Essa ideia de se colocar no lugar do outro é bastante complexa e difícil. A comunicação não-violenta é uma troca de experiência em que você tenta enxergar a maneira como o outro vê uma determinada situação e o outro tenta enxergar a maneira como você vê essa mesma situação, seja no ambiente familiar ou no trabalho. Percebo que a construção de uma comunicação não-violenta é a prática no dia a dia”, finalizou o auditor.