Ela também foi denunciada por ocultar o cadáver da vítima
Foi a julgamento em júri popular nesta quinta-feira (11) Pâmela Ortiz de Carvalho, 38 anos, acusada do homicídio de Dirce Santoro Guimarães, 79 anos. O crime aconteceu em 23 de fevereiro de 2019, no Jardim Carioca, em Campo Grande e Pâmela foi condenada a 21 anos e 6 meses de prisão.
Durante depoimento, Pâmela chegou a contestar o crime de ocultação de cadáver. “Como que é ocultação de cadáver se eu deixei o corpo a mostra pra que alguém pudesse ver?”, disse ao juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri e jurados no plenário. Ela ainda falou que teve um surto depois do assassinato e não se lembra de todos os fatos, tendo algumas lembranças.
A acusada ainda alegou que a idosa teria ‘grudado’ no seu cabelo e nesse momento teria batido a cabeça de Dirce contra o chão cometendo o crime. Ela ainda falou que a idosa teria lhe dado bofetadas nas costas enquanto as duas estavam dentro do carro, gritando que levaria todos para a polícia.
Nesse momento, Pâmela teria parado o carro e as duas começado a discutir e em seguida o crime aconteceu. Após o assassinato, Pâmela ligou para um investigador da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) com quem havia mantido um relacionamento amoroso e depois foi para um hotel.
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Apesar da tentativa de desqualificar o crime, Pâmela foi condenada pelo homicídio qualificado por violência excessiva, motivo fútil, contra pessoa maior de 60 anos. Também como agravante teve a reincidência, já que é acusada de outros crimes como estelionato. Ainda sobre a ocultação de cadáver, ela tentou alegar que não houve tal crime, mas foi condenada.
Conforme decisão do júri e do magistrado, Pâmela foi condenada a 20 anos de prisão pelo homicídio e 1 ano e 6 meses pela ocultação de cadáver, totalizando os 21 anos e 6 meses de reclusão.
Denúncia do MPMS
Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Pâmela e Dirce se conheceram em 2018 e ela era responsável por dirigir para a idosa, levando ela para fazer compras quando precisava. Naquele dia 23 de fevereiro, as duas teriam discutido, o que levou ao homicídio.
Pâmela teria batido com a cabeça da vítima no meio-fio e depois ocultou o corpo, que foi encontrado em um amontoado de lixo, atrás de uma fábrica de peças íntimas.
Ela chegou a tentar liberdade algumas vezes, sendo o último pedido feito alegando riscos de contaminação pelo coronavírus, mas não conseguiu e segue presa.