O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra um crescimento de 7% nas mortes e queda de 5% nos casos positivos do novo coronavírus (covid-19) na semana epidemiológica 3 (SE 3), período de 17 a 23 de janeiro. Os percentuais são considerados pelos especialistas como dentro de um parâmetro de estabilidade das curvas de óbitos e diagnósticos positivos da covid-19.
Na SE 3, foram registrados 361.195 novos casos. O número representou uma redução de 5% em relação à semana anterior, quando foram confirmados 379.061 novos diagnósticos positivos. Entretanto, o resultado da semana epidemiológica 3 foi o segundo maior de toda a pandemia, atrás apenas da semana anterior, que marcou o recorde desde o início da pandemia.
Apesar da oscilação para baixo, a curva de casos da pandemia nessa nova onda se mantém em um patamar maior do que na primeira onda no meio de 2020, quando o pico chegou a 319.653 na semana epidemiológica 30, entre 19 e 25 de julho.
A curva de mortes fez movimento distinto, com oscilação positiva de 7% em relação à semana anterior. Na semana epidemiológica 3 foram informadas pelas autoridades de saúde 7.149 óbitos, contra 6.665 na semana anterior, com as mortes por covid-19 voltando a subir após uma oscilação para baixo na semana epidemiológica 2.
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A curva segue o movimento de retomada de novembro e que passou por um salto na primeira semana do ano. Enquanto na SE 53 de 2020 o número de novas mortes registradas foi de 4.930, na SE 1 de 2021 as mortes chegaram a 6.906. O aumento de casos ainda não superou o pico de 2020, de 7.677 mortes na semana epidemiológica 30, mas já se aproxima dessa marca.
Estados
O boletim epidemiológico trouxe mostra seis Unidades da Federação com aumento na semana epidemiológica 3, enquanto oito ficaram estáveis e 13 tiveram redução. Os maiores aumentos se deram no Maranhão (45%) e Bahia (11%). Já as quedas mais intensas ocorreram no Paraná (28%) e no Amapá (27%).
Quando consideradas as mortes, o número de estados com acréscimo das curvas foi maior: 11. Outros sete ficaram estáveis e nove tiveram diminuição em relação ao balanço da semana anterior.
Os aumentos mais representativos foram registrados no Amazonas (104%) e em Goiás (78%). As quedas mais efetivas aconteceram em Roraima (44%) e Rio Grande do Norte (34%).
Os casos voltaram a ficar mais elevados nas regiões metropolitanas, mas ainda em patamar bastante abaixo dos municípios do interior. Enquanto as capitais e cidades adjacentes foram responsáveis por 37% dos novos diagnósticos positivos, nas cidades do interior ocorreram 63% das novas contaminações.
Já o número de mortes, as regiões metropolitanas voltaram a ter crescimento. Os óbitos registrados em cidades do interior representaram 54%, contra 46% nas regiões metropolitanas.
Edição: Fernando Fraga