O governador Mauro Mendes (União) recebeu pedido de reconsideração do delegado Eric Marcio Fantin e encaminhou à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para análise e manifestação. O despacho está publicado no Diário Oficial do Estado da última terça-feira (13). O delegado foi exonerado pelo governador no dia 14 de março deste ano.
Desde o ano passado, período em que ocorreram as eleições municipais de 2024, o delegado se envolveu em polêmicas. Fantin se lançou candidato à prefeitura de Brasnorte (579 km a noroeste de Cuiabá) pelo Partido Liberal (PL) e na mesma época vídeos dele em que aparece em situações “íntimas” com uma mulher foram vazados.
Por meio de vídeo-resposta, o delegado comentou em sua rede social que o conteúdo havia sido feito com uso de inteligência artificial. No entanto, dias depois voltou atrás e assumiu que o material explícito era real, mas alegou ter sido enganado pela mulher que aparece na filmagem.
Fantin alegou que o vídeo foi gravado sem sua permissão, supostamente sob ordens de terceiros, e que a garota teria recebido dinheiro para gravar o conteúdo e espalhar na internet com intuito de prejudicá-lo nas eleições. Ele ainda pediu perdão à esposa pela exposição do fato e alegou que o ocorrido foi durante um período em que estiveram separados em meio a uma crise no relacionamento.
Em novembro, a Polícia Federal e a Promotoria Eleitoral deflagraram a Operação Fallere, para apurar o vazamento do vídeo íntimo e cumpriu 4 mandados de busca e apreensão em Brasnorte e em Cuiabá. Uma pessoa foi presa em flagrante por manter em casa R$ 100 mil em espécie, além de arma e munição. A ação visou a coleta de provas para identificar os responsáveis pela produção e divulgação do vídeo.
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O delegado acabou sendo derrotado pelo atual prefeito e candidato à reeleição, Edelo Ferrari (União), que venceu por uma margem apertada de apenas 155 votos.
Eric tomou posse em 2021. A exoneração teve por base o Processo de Avaliação de Estágio Probatório (PAEP), que recomendou a demissão do servidor. A decisão se baseou em sindicâncias disciplinares ainda em andamento, o que, segundo a defesa, fere princípios do devido processo legal. Agora, tenta reverter a situação.
