Foi prorrogado por mais 30 dias o inquérito que investiga se Cristian Albino Cebalho de Arruda, 28 anos, sabia que sua então esposa Nataly Hellen Martins Pereira tinha matado a adolescente grávida Emilly Beatriz Azevedo Sena, 16 anos. Além dele, Cícero Martins Pereira Junior, 24, e Alédson Oliveira da Silva, 33, irmão e amigo de Nataly respectivamente, também são investigados nesse inquérito.
Segundo o delegado Michael Paes, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o pedido de prazo adicional foi feito para que houvesse tempo hábil para concluir a perícia nos celulares dos suspeitos.
Ao site, o delegado disse que a extração dos dados já foi realizada, restando agora a conclusão do relatório. “A gente conseguiu fazer a extração dos dados e nossos técnicos vão fazer essas análises, mas pedimos mais prazo para a promotoria para concluir”, disse.
No primeiro inquérito, o envolvimento presencial do trio no crime no assassinato foi descartado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Já o atual inquérito tem como objetivo esclarecer se os três tinham conhecimento de que Nataly havia cometido o crime contra a adolescente.
O crime
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Emelly, que estava grávida de nove meses, foi morta no dia 12 de março. No dia do crime, Nataly atraiu a vítima para a casa do irmão dela, no Bairro Jardim Vitória, em Cuiabá, com a promessa de que doaria algumas roupas de bebê para a adolescente. Na casa, a vítima foi enforcada, teve as mãos e pés amarrados, a barriga cortada e o bebê roubado de seu ventre, sendo posteriormente enterrada em uma cova rasa.
Na noite do mesmo dia, Nataly deu entrada no Hospital Santa Helena, junto ao companheiro, Christian Cebalho, e a bebê recém-nascida.
Na unidade de saúde, a assassina tentou registrar a criança sob a justificativa de que havia tido um parto em casa, porém, ela foi submetida a exames médicos que constataram que ela não havia tido um parto recente.
Com a desconfiança, a equipe médica do hospital acionou a polícia, que prendeu a assassina.
Nataly é acusada de oito crimes, sendo eles: feminicídio qualificado, tentativa de aborto sem consentimento da gestante, subtração de recém-nascido para colocação em lar substituto, dar parto alheio como próprio, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.
