O Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou a reavaliação dos projetos indicados para o Leilão de Transmissão 2025, com foco no atendimento à região metropolitana de Porto Alegre, em resposta às enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024. A apresentação ocorreu nessa quinta-feira (24/04), durante reunião híbrida realizada na sede do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com a participação do Comitê de Planejamento Energético do Rio Grande do Sul (Copergs).
Os relatórios técnicos R3 (Definição da Diretriz de Traçado e Análise Socioambiental) e R5 (Estimativa de Custos Fundiários) do Lote 2 do Leilão de Transmissão 002/2024 foram revisados e atualizados para aumentar a resiliência das novas infraestruturas de transmissão na região metropolitana de Porto Alegre.
As alterações nos traçados das linhas de transmissão, como a LT 230 kV Ivoti 2 – São Sebastião do Caí 2 (de 19,26 km para 20,4 km) e a LT 230 kV Caxias – São Sebastião do Caí 2 (de 44 km para 42,6 km), e a relocação das subestações SE São Sebastião do Caí 2 e SE Ivoti 2 em cotas superiores a 40 metros, visam minimizar os riscos de impactos por eventos climáticos extremos, como as enchentes ocorridas em maio de 2024.
Essas obras, recomendadas no estudo Atendimento Elétrico ao estado do Rio Grande do Sul: região metropolitana de Porto Alegre, Volume 2 (Obras Estruturantes), foram retiradas do certame original e reintegradas agora ao Lote 3 do Leilão de Transmissão 04/2025. São elas:
- LT 230 kV Ivoti 2 – São Sebastião do Caí 2 (20,4 km)
- LT 230 kV Caxias – São Sebastião do Caí 2 (42,6 km)
- SE 230/138 kV São Sebastião do Caí 2 (2 x 150 MVA)
- SE 230/138 kV Ivoti 2 (2 x 150 MVA)
- Seccionamento da LT 230 kV Caxias – Campo Bom, C1 e C2, na SE Ivoti 2
O secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, destacou que o contrato disponibilizado no leilão viabilizará uma infraestrutura destinada a prestar serviços ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por um período superior a 30 anos. Segundo ele, foi conduzido um processo de compatibilização de dados com o objetivo de identificar os impactos das manchas de inundação sobre as novas linhas de transmissão e subestações previstas para a região.
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“Foi oportuno apresentar na reunião de hoje o que foi feito, os benefícios que as mudanças potencialmente trazem para resiliência e adaptação da infraestrutura que está sendo contratada. Para atender à crescente demanda da região metropolitana de Porto Alegre, as obras têm o objetivo de garantir o suprimento do mercado local conforme as condições de qualidade e confiabilidade requeridas pelo Sistema Interligado Nacional”, detalhou Barral.
Motivações
Após as enchentes de maio de 2024, no Rio Grande do Sul, o MME estabeleceu medidas para assegurar a continuidade do fornecimento de energia e a segurança energética do estado em linha com os critérios de confiabilidade e segurança no suprimento, por meio de novas expansões resilientes que prestarão serviço por mais de 30 anos.
Esse cenário, agravado pela crescente demanda energética na região metropolitana de Porto Alegre, evidenciou a necessidade de adaptar o planejamento energético para enfrentar eventos climáticos extremos. A reavaliação dos projetos do Lote 2, conduzida em julho de 2024 pelo MME, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e EPE, priorizou a redução de riscos em áreas suscetíveis a inundações e deslizamentos, fortalecendo a resiliência do SIN.
Assessoria Especial de Comunicação Social – MME
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