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“É necessário planejamento político para encarar o debate da desigualdade em nosso país”, destaca Cida Gonçalves durante lançamento do Raseam 2025

Lançado pelo Ministério das Mulheres nesta terça-feira (25) durante cerimônia em Brasília, o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher – Raseam 2025 reúne 328 indicadores de diversas bases de dados. A publicação é produzida pelo Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, vinculado à Secretaria Executiva do Ministério das Mulheres. 

Na mesa abertura do evento, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou as diversas contribuições possíveis oferecidas pelo Relatório no fortalecimento da democracia, na construção de novas políticas públicas e na consolidação da igualdade entre mulheres e homens.  

“A edição de 2025 do Raseam é mais um instrumento de apoio à promoção da igualdade entre mulheres e homens entregue pelo nosso Ministério. O Relatório torna as informações que estão nas bases de dados do governo mais acessíveis para a população, ao reuni-las em uma só publicação”, ressaltou a ministra.

>> Assista ao evento no canal do Ministério das Mulheres no Youtube

>> Acesse aqui a edição do RASEAM 2025 e aqui o release com os principais dados.

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Cida Gonçalves também destacou que os dados de desigualdade de gênero e raça apresentados pelo Raseam demandam ações do poder público em todas as esferas. “É necessário planejamento político para encarar o debate da desigualdade em nosso país”, pontuou a ministra ao abordar o cenário de desigualdade salarial e violência que assola as mulheres no Brasil.

Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2024 foram registrados 1.450 feminicídios e 2.485 homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte. O número significa uma diminuição de 5,07% nos casos de violência letal contra as mulheres, em comparação com 2023. Naquele ano, foram registrados 1.438 casos de feminicídio e outros 2.707 casos de homicídio.

O elevado número de jovens que nem estudam nem trabalham, os chamados “nem-nem”, também chama a atenção. Em 2023, dos 7,3 milhões de jovens nessa situação, 69,5% eram mulheres, sendo 48,5% delas pretas ou pardas. O principal fator apontado para essa inatividade foi o trabalho reprodutivo, como os cuidados com a casa, filhos e familiares, uma realidade vivida por 95,7% das mulheres desse grupo.

Participaram da mesa de abertura o ministro do Trabalho e Emprego substituto, Francisco Macena, as deputadas federais Benedita da Silva e Célia Xakriabá, a senadora Augusta Brito, e a secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Gisele Ferreira.

Francisco Macena enfatizou a relevância do diálogo social e da participação ativa de trabalhadores e trabalhadoras nas discussões, ressaltando que esse envolvimento é essencial para a implementação efetiva das políticas de igualdade de gênero. “A maioria das políticas de gênero do governo Lula é liderada pelo Ministério das Mulheres, e investiremos todos os esforços para que essas políticas sejam implementadas. O Ministério do Trabalho e Emprego tem total compromisso com a inclusão das mulheres no mercado de trabalho”, afirmou.

Sobre o Raseam

Instituído pela Lei nº 12.227/2010, de autoria da deputada Luiza Erundina, o relatório foi lançado pela primeira vez em 2013 e, a cada ano, se consolida como uma referência para subsidiar a elaboração e implementação de políticas públicas, pesquisas e estudos de diferentes naturezas voltadas à promoção da igualdade de gênero.

Durante o lançamento, a coordenadora-geral do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, Camila Rocha Firmino, explicou que o Raseam 2025 ampliou o número de indicadores, passando de 270 indicadores em 2024, para 328 em 2025. A edição também trouxe novas fontes de dados, como o Relatório de Transparência Salarial e os números do Programa Dignidade Menstrual. 

“Por meio dos 328 indicadores é possível ter um panorama da realidade das mulheres brasileiras, também observando as desigualdades por Grandes Regiões, cor ou raça, faixa etária, localidade urbano e rural, renda, existência de deficiência, entre outras desigualdades”, destacou Camila Firmino.

A publicação compila dados elaborados por diversos órgãos públicos, e está dividida em sete eixos temáticos: Estrutura Demográfica; Autonomia Econômica e Igualdade no Mundo do Trabalho; Educação; Saúde Integral, Direitos Sexuais e Reprodutivos; Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres; Mulheres em espaços de poder e decisão; e Mulheres no Esporte.

Painel de debates

Após a mesa de abertura, o painel “Produção e análise de dados governamentais sobre mulheres: avanços e desafios” reuniu especialistas de diversas áreas para debater a importância da gestão de dados para as políticas públicas e a gestão pública. 

Com a mediação de Kamilla Dantas Matias, coordenadora de Monitoramento de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, a discussões tiveram  a participação de Neuza Geralda Tito, Diretora de Segurança de Trabalho e Renda (MMulheres), Ellen dos Santos Costa, Coordenadora-Geral da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 (MMulheres), Mariana Eugenio Almeida, Analista Técnica de Políticas Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego, Edneide Arruda Pereira, Coordenadora-Geral de Participação Política das Mulheres em Espaço de Poder (MMulheres), Naíza Nayla, Coordenadora-Geral de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes e Promoção da Cultura de Paz, do Ministério da Saúde, Ana Cecília Gonzalez Galvão Ferreira, Coordenadora-Geral de Estatística e Análise, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Bárbara Cobo, Coordenadora Adjunta da Comissão Temática de Relações Sociais de Gênero e Sexualidade, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Ministério das Mulheres

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