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Três reféns israelenses reencontram suas famílias após acordo de cessar-fogo

Três reféns israelenses foram libertadas nesse domingo, 19, pelo grupo terrorista Hamas e recebidas pelos seus parentes em Israel depois do acordo de cessar-fogo assinado pelas duas partes entrar em vigor. A trégua estava prevista inicialmente às 9h15 do horário local, mas atrasou três horas porque Israel não havia recebido os nomes das pessoas que seriam libertadas. O Hamas declarou que o atraso se deu por “questões técnicas”.

As reféns foram identificadas como Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher. As três foram sequestradas no ataque terroristas de 7 de outubro de 2023 e eram mantidas em esconderijos na Faixa de Gaza desde então.

O acordo prevê a libertação de outros 30 reféns em breve, em troca da soltura de 90 mulheres e adolescentes palestinos presos por Israel.

As mulheres foram recebidas pela Cruz Vermelha em Gaza, onde passaram por uma avaliação médica, e depois entregues aos militares israelenses. Elas se reencontraram com as mães no Hospital Sheba, em Tel Aviv.

Uma das libertadas, Emily Damari, perdeu dois dedos no dia em que foi sequestrada e apareceu nas imagens divulgadas com a mão esquerda enfaixada.

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Após a libertação, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, divulgou um vídeo em que aparece em uma conversa telefônica com o principal coordenador da libertação dos reféns, Gal Hirsch. “Eu sei, todos nós sabemos, que elas passaram por um inferno. Elas estão saindo da escuridão para a luz, da escravidão para a liberdade”, afirma o premiê no vídeo.

ALEGRIA E INCERTEZA

Com a trégua no conflito estabelecida, tanto os israelenses quanto os palestinos sentem uma mistura de alegria e incerteza. “A pedra que estava sobre o meu coração foi removida”, disse Dov Weissglas, um ex-político israelense. “Queremos ver os reféns em casa, ponto final”.

A mesma metáfora serviu para os palestinos descreverem a sensação da trégua na Faixa de Gaza, onde foram as ruas para celebrar o fim das bombas e das operações militares. Cidadãos festejaram na cidade de Deir al Balah, no centro do enclave, e começavam a retornar para casa. “O peso do meu peito foi aliviado”, disse Ziad Obeid, um funcionário público de Gaza que foi deslocado várias vezes durante a guerra. “Nós sobrevivemos”.

Apesar do alívio, a incerteza persiste no futuro da trégua. Previsto inicialmente para seis semanas, o acordo tem outras duas fases que ainda não foram negociadas. O atraso nas primeiras horas do cessar-fogo foi um alerta de sua fragilidade. Segundo autoridades de Gaza, ataques israelenses feriram e mataram mais pessoas durante esse período.

Os palestinos permanecem incertos sobre o destino de vários milhares de seus cidadãos detidos sem comunicação durante a guerra, que podem não ser libertados nas trocas dos próximos dias.

Reema Diab, dona de casa que mora no centro de Gaza, ainda não havia conseguido localizar o marido, um criador de cavalos, no domingo. Segundo ela, ele foi levado para um interrogatório em Israel em dezembro de 2023 e nunca mais retornou para casa. “Estou aliviada pelo derramamento de sangue ter chegado ao fim, mas meu coração dói”, disse.

Em Israel, a incerteza é pelo destino de 65 reféns que permanecerão em Gaza caso a trégua chegue ao fim após as primeiras seis semanas.

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