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Mato Grosso registra a segunda maior área queimada do país em 2024

 Mato Grosso amarga a segunda posição no ranking de áreas devastadas por incêndios no Brasil entre janeiro e novembro de 2024. Segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas, o estado teve 6,8 milhões de hectares consumidos pelas chamas, ficando atrás apenas do Pará, com 6,9 milhões de hectares.

O levantamento, divulgado anteontem (17), revela um cenário alarmante em todo o país. A área queimada no Brasil quase dobrou em relação ao mesmo período de 2023, atingindo 29,7 milhões de hectares, uma extensão equivalente ao estado do Rio Grande do Sul. Este número representa um aumento de 90% em comparação com o ano anterior e configura a maior área queimada dos últimos seis anos. A diferença para 2023 é de 14 milhões de hectares a mais, área comparável ao estado do Amapá.

Apesar das condições climáticas terem favorecido a propagação do fogo, a ação humana é apontada como o principal fator para o aumento das áreas queimadas.

Além de Mato Grosso e Pará, o Tocantins ocupa a terceira posição no ranking, com 2,7 milhões de hectares destruídos. Juntos, esses três estados concentram 56% da área queimada no país no período analisado.

Impacto nos Biomas de Mato Grosso

A Amazônia foi o bioma mais afetado, concentrando 57% da área queimada no Brasil entre janeiro e novembro, com 16,9 milhões de hectares atingidos. Dentro desse bioma, as florestas, incluindo as alagáveis, perderam 7,6 milhões de hectares para o fogo, superando as pastagens queimadas, que somaram 5,59 milhões de hectares.

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O Cerrado também sofreu com os incêndios, com 9,6 milhões de hectares queimados, sendo 8,2 milhões em áreas de vegetação nativa, um aumento de 47% em relação à média dos últimos cinco anos. O Pantanal registrou 1,9 milhão de hectares queimados, um crescimento de 68% em relação à média dos últimos cinco anos.

Novembro em destaque

Apesar da redução natural dos incêndios em novembro, os números ainda se mantiveram em patamares superiores aos de 2023, com 2,2 milhões de hectares queimados. A Amazônia concentrou 81% do total queimado no mês, com 1,8 milhão de hectares, o dobro da média para novembro nos últimos seis anos. O Pará liderou as áreas queimadas em novembro na Amazônia, com 870 mil hectares, seguido por Maranhão (477 mil hectares) e Mato Grosso (180 mil hectares). No Cerrado, o fogo atingiu 237 mil hectares em novembro.

Ações de Combate em Mato Grosso

Na semana passada, durante o workshop de “Avaliação da Temporada de Incêndios Florestais”, o comandante-geral dos Bombeiros de Mato Grosso, coronel Flávio Glêdson Bezerra, destacou a eficiência das ações integradas entre o Corpo de Bombeiros Militar, forças de segurança e órgãos estaduais e federais no combate aos incêndios florestais no estado.

Segundo o coronel, a integração entre os órgãos permitiu respostas mais eficientes contra o fogo, com reuniões semanais para planejar estratégias e o apoio de diversas instituições. Mais de mil bombeiros atuaram no combate aos incêndios, e houve integração com as forças de segurança para fiscalização em 90 propriedades particulares, resultando em mais de R$ 200 milhões em multas e 20 termos de embargo. Apesar dos esforços, os números demonstram a gravidade da situação dos incêndios em Mato Grosso e no Brasil em 2024.

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