O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que já denunciou à Polícia Federal a suposta interferência de uma facção na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Segundo Abilio, vereadores teriam vendido o voto, por R$ 200 mil, para seguir a orientação dos criminosos.
“A gente recebeu informações e estamos apurando de que alguém teria pego um dinheiro emprestado com um líder do Comando para cooptar vereadores para conseguirem votos para montar uma determinada chapa. A gente não tem certeza se essa informação é real, mas a gente está apurando e diz que até vereadores já sofreram assédio ou ofertas. Mas assim, como esses vereadores optaram pelo sigilo, a gente vai fazer uma denúncia em sigilo para respeitar esses vereadores”, contou.
Diante da informação reccebida, o prefeito eleito conta que está juntando provas para formalizar uma denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Polícia Civil.
“O voto estaria circulando na casa de R$ 200 mil […] Eu deixo público essas denúncias para dar o recado a esses que estão tentando fazer isso de que essa informação está sendo observada. A gente está juntando provas e, tendo todos os dados, a gente não vai dar nome para a imprensa não, a gente vai dar os nomes para o Ministério Público e ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Nós não podemos aceitar isso não”, enfatizou.
Abilio chegou a comentar que um vereador, que também não teve o nome revelado, chegou a entregar uma moção de aplausos a um membro de uma facção e que esse mesmo parlamentar pretende ser candidato à presidência da Câmara.
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“Tem vereador que deu moção de aplauso para cara do Comando. Pô, está de brincadeira. Olha o nível que a Câmara está: reconhecendo liderança de Comando como líder comunitário, como pessoa de relevância para a sociedade. Esse cara que reconheceu a liderança do Comando como líder comunitário quer ser candidato a presidente da Câmara”, salientou.